Hoje é quarta-feira (21.09). Faltam 11 dias para as eleições. E no plano nacional as campanhas, especialmente dos candidatos que pontuam na frente, segundo as pesquisas de intenção de votos, utilizam suas últimas armas para conquistar o voto dos indecisos. Lula da Silva (PT), que aparece na frente das pesquisas insinua ter a certeza de que vencerá a eleição ainda no primeiro turno e tenta fazer crer perante o eleitorado que é o candidato do consenso dentre os políticos tradicionais. Apesar do discurso otimista, militantes e advogados recorrem permanentemente à justiça, quase sempre com êxito, para barrar iniciativas da campanha de Jair Bolsonaro (PL), como por exemplo, a de proibir a exibição de imagens das manifestações populares ocorridas no Dia da Independência, ou mesmo da recepção ao presidente feita por brasileiros e brasileiras que vivem em Londres, quando da viagem de Bolsonaro para participar dos funerais da rainha Elizabeth II.
A campanha de Jair Bolsonaro, por sua vez, exibe na campanha os bons números da economia brasileira publicados nos últimos tempos, que coloca o Brasil dentre os países que melhor têm se recuperado depois dos terríveis três anos de pandemia da Covid19 e dos efeitos da guerra entre Ucrânia e a Rússia. Ainda ontem, terça-feira (20.09), o presidente brasileiro exibiu esses números durante seu discurso de mais uma abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) ocorrida em Nova Iorque. Bolsonaro fez um pronunciamento mostrando dados – sobre meio ambiente, acolhimento de migrantes e matriz energética-, que colocam o Brasil como um dos países que estão na vanguarda dos novos tempos, em contraposição da grande mídia financiada pelo grande capital internacional que coloca nosso país como o vilão das mudanças climáticas que assustam muita gente no mundo.
De qualquer foram, os brasileiros e as brasileiras mais conscientes ainda esperam dos dois candidatos propostas mais claras sobre o modo como governarão, caso saiam vencedores do pleito. Lula, por exemplo, não diz o que fará sobre a Amazônia para além do discurso de subserviência total ao objetivo do ambientalismo internacional para a região, especialmente ao discurso alarmista de que Bolsonaro está permitindo a destruição da floresta tropical. Bolsonaro, por sua vez que enfrenta essa subserviência não apresenta uma proposta coerente para cumprir o compromisso do Brasil de zerar o desmatamento ilegal até 2030, que ele próprio ratificou neste último discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU. E isso inclui a regularização da exploração mineral na região.
De qualquer forma, há pelo menos um conforto para os eleitores e das eleitoras brasileiros que sabem o que podem esperar de cada governo, especialmente no plano macroeconômico. Lula encabeça um movimento de reestatização do Brasil, com propostas de retomado do controle estatal sobre empresas e setores que foram privatizadas no Brasil, dentre elas algumas subsidiárias da Petrobrás; da Eletrobrás e de tantas outras. Só não diz de onde sairá o dinheiro para tanto, ou que aponta para o confisco, incompatível numa democracia. De outro lado, Jair Bolsonaro aponta para a continuidade da política de diminuição do Estado, com a transferência para a iniciativa de empresas estatais e de setores da infraestrutura para o capital privado. Pelo menos isso parece bem claro na proposta dos dois candidatos.
CONTINUA
O ex-juiz Helder Girão, mandou, via whats, manifestação para a Parabólica assegurando que continua firme na disputa pela única vaga ao Senado Federal. Ele diz que sua candidatura tem incomodado aos corruptos que querem vê-lo longe da política roraimense, mas está animado com a reação de muita gente que manifesta a intenção de voto para elegê-lo senador. Helder é candidato pelo Mobiliza, um dos partidos com menor cota do Fundo Eleitoral. Na verdade, a participação no Mobiliza naquele fundo é quase nenhuma. O ex-juiz faz sua campanha com a participação de voluntários, que o admiram.
NÃO VOLTAM
Segundo avaliação de um deputado estadual, que está candidato à reeleição, pelo menos 10 dos atuais parlamentares não voltarão a ter assentos na Assembleia Legislativa do Estado (ALE) a partir da próxima legislatura. O parlamentar diz que tem acompanhado diariamente as pesquisas de intenção de votos, pagas pelos partidos mais endinheirados, e sua predição está baseada nessas pesquisas. Quase sempre na reta final da campanha é que boa parte dos eleitores e das eleitoras decidem seu voto para os candidatos a cargos proporcionais. Logo…
BOCA DE URNA
A informação veio para a Parabólica por intermédio de quem está nas ruas catando o voto dos eleitores e eleitoras e dá conta de que diminuiu bastante o pedido de doação de materiais de construção; de cestas básicas; remédios e outras coisas mais. Em compensação, explodiu o número de eleitores que dizem que só votará em quem pagar “boca de urna”, a famosa BU, que está em 200 reais, em media, na expectativa dos que vendem seus votos. Se a informação for verdadeira, é quase certo que os candidatos/candidatas endinheirados devem fazer uma verdadeira derrama de dinheiro na véspera e antevéspera do pleito.