Opinião

Opiniao 14645

Importância da Oração Debhora Gondim 

Orem continuamente. (1 Tessalonicenses 5:17) 

A Bíblia está cheia de versículos que falam de oração. Mas o exemplo maior de uma vida de oração é a que Jesus deixou para nós. 

Num daqueles dias, Jesus saiu para o monte a fim de orar, e passou a noite orando a Deus. (Lucas 6:12) 

Jesus não fazia nada, não tomava decisões e nem seguia direções sem antes ter o tempo de oração com Deus. Ele dependia totalmente do Pai e da Sua vontade, pois entendia que sem Ele nada poderia fazer. Assim devemos ser eu e você. 

Jesus lhes deu esta resposta: “Eu lhes digo verdadeiramente que o Filho não pode fazer nada de si mesmo; só pode fazer o que vê o Pai fazer, porque o que o Pai faz o Filho também faz. (João 5:19) 

Quanto tempo do seu dia você tem investido em oração? A Bíblia nos diz para orar sem cessar. Isso significa que até durante os afazeres do seu dia pode estar conectado com Deus em oração. Sua vida de oração é de intimidade ou é um ritual? Só ora quando acorda, nas refeições e antes de dormir? A Palavra de Deus nos orienta a buscar intimidade com Deus através da oração. Ela deve ser de entrega, sincera e sem protocolos e religiosidade. 

O que tem permeado o conteúdo de suas orações? Uma lista de desejos, tratando Deus como o gênio da lâmpada ou tem sido por uma busca de intimidade? A oração deve ser feita por que decidimos estar mais próximos de Deus, para que, Ele se aproxime mais e mais a ponto do nosso caráter ser transformado por Ele, de fato. Suas orações são cheias de por que e murmurações ou tem entendido que em tudo deve ser grato?  

Entregar-se, despir-se do orgulho e assumir a vulnerabilidade do nosso ser ao dobrarmos os joelhos em oração requer decisão humilde,  reconhecendo que precisamos de Deus mais do que o ar que respiramos. Necessitamos fazer da oração uma busca por mais de Deus, por fazer a sua vontade.

“Pai, se queres, afasta de mim este cálice; contudo, não seja feita a minha vontade, mas a tua”. (Lucas 22:42)  Deleitar-se na presença do Senhor precisa ser um prazer, ser um momento ansiado por nós de todo coração. Não uma obrigação e nem ser encarado como atos esporádicos de religiosidade. A oração deve ser mais do que devocionais matinais e sim um ato de devoção a Deus.

Afinal, na oração entramos na presença do Rei do Reis, do Todo Poderoso, Santo, Santo, Santo. Não somos dignos de lhe dirigir a palavra, mas não podemos viver sem Ele. Por isso, não pode ser negligenciado e nem ser de qualquer jeito e nem para cumprir um rito farisaico. 

Faça da oração o seu alimento diário e sua busca constante. Sem oração não tem como permanecermos de pé, não tem como vencer este mundo, pois estaremos longe daquele que venceu primeiro, Jesus. Você como eu também se lembra das vezes em que negligenciou os encontros em oração a Deus e mais a frente perdeu a batalha contra a sua carne. Por isso, ore sem cessar. 

Para finalizar, a importância da oração está em ouvir a voz de Deus, fazendo e proferindo somente o que ouvimos e aprendemos Dele. Os frutos do nosso secreto em oração. 

Teóloga e Professora

Os efeitos das mudanças climáticas não podem mais ser ignorados

Marcellus Campêlo

As mudanças climáticas estão na pauta do dia e seus efeitos, embora sejam diferentes para cada região, atingem países pobres e ricos e as projeções para o futuro não são nada animadoras.

O aumento da temperatura no planeta pode ser causado por fatores naturais, porém, estudos científicos apontam a ação humana como principal desencadeador desse processo.

Os efeitos não podem mais ser ignorados. Temos o aumento acelerado do nível do mar, ondas cada vez mais intensas de frio e calor, incêndios generalizados e ocorrendo com frequência em países como os Estados Unidos, por exemplo, assim como grandes inundações, como as que aconteceram no ano passado na Alemanha e na Bélgica.

As alterações que já estão ocorrendo hoje, conforme alerta em relatório o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), órgão de referência em ciência do clima no mundo, são apenas uma amostra do que está por vir.

Os pesquisadores acreditam que os efeitos tendem a se ampliar mais ainda nas próximas décadas, impulsionados em grande parte pela intensificação dos gases de efeito estufa na atmosfera. As previsões são de enchentes e eventos extremos a cada fração de aquecimento na temperatura do planeta.

Hoje, as mudanças que atingem o planeta estão acontecendo com um aquecimento médio de 1,1°C em relação aos níveis pré-industriais. O relatório do IPCC indica que o mundo deverá atingir 1,5 °C de aquecimento nas próximas duas décadas. Limitar pelo menos a este nível e evitar maiores impactos depende de ações que devem ser empreendidas de imediato.

O IPCC é uma organização científico-política criada em 1988 no âmbito das Nações Unidas. A entidade congrega mais de 1.300 cientistas dos Estados Unidos e outros países.

As ações que devem ser desencadeadas em curto espaço de tempo, dizem os pesquisadores do órgão, incluem a redução nas emissões de gases de efeito estufa, uma interminável discussão entre os países mais ricos. Se nada for feito nesse sentido, o IPCC considera que o mundo pode atingir até 5,7°C de aquecimento até 2100.

O combate às mudanças climáticas é o 13° dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) criados pela Organização das Nações Unidas (ONU) para serem cumpridos até 2030. Nele, está estabelecido que é preciso “tomar medidas urgentes para combater as mudanças climáticas e seus impactos”.

São 17 os objetivos globais definidos pela ONU e acordados por todos os países membros da organização. As mudanças climáticas estão incluídas porque ameaçam diretamente ao futuro do planeta. Podem gerar problemas graves, como a escassez de alimentos e água e o aumento da fome no mundo.

É possível mudar o rumo da história, com certeza, e a transformação passa por investimentos em energia limpa, mudanças na indústria, transporte e produção de alimentos, dentre outras áreas, para que seja possível manter as mudanças climáticas nos níveis propostos pelo IPCC.

Calcula-se que somente em energia limpa o investimento público e privado deva ser de 1 trilhão de dólares por ano, até 2030. Parece muito, mas os estudos mostram que os custos da mitigação são bem mais baixos que as perdas em decorrência dos desastres que poderão ocorrer.

É p
reciso também diminuir o desmatamento, investir no reflorestamento e na conservação de áreas naturais, na redução do consumo de energia e na eficiência energética, reaproveitamento e reciclagem de resíduos, entre outras tantas iniciativas.

A decisão pela transformação é um caminho que não deve ter volta nem retrocessos. Salva vidas e economiza custos que serão gerados com os desastres sabidamente anunciados.

 

Marcellus Campêlo é engenheiro civil, especialista em saneamento básico; exerce, atualmente, o cargo de coordenador executivo da Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE), órgão que gerencia as obras do Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus e Interior (Prosamin).

Juntos, mas nas suas

Afonso Rodrigues de Oliveira

“Fiquem juntos, mas não juntos demais; pois as pilastras dos templos são separadas, e o carvalho e o cipreste não crescem um à sombra do outro”. (Gibran Kalil Gibran)

O Gibran disse isso referindo-se ao casamento. O que é muito importante para que notemos e respeitemos a importância do respeito às diferenças. Que é o que não estamos vendo, nem assistindo, nos absurdos de crimes causados pelo desequilíbrio emocional, que continuam confundido com amor. Os crimes bárbaros cometidos, com a justificativa de não estarem aceitando a separação, é o maior exemplo de irracionalidade. O que confirma que ainda não estamos preparados racionalmente.

Você até pode querer que seu parceiro, ou parceira, mude de personalidade porque está convivendo com você. Quando a separação chega é porque não houve harmonia, respeito nem racionalidade. Se você está irado porque sua parceira o enganou, pare, respire e mire-se no seu espelho interior. Se você for capaz de fazer isso irá descobrir que ela não o enganou, você foi que se enganou com ela. Então o tolo foi você. Então pare de ser tolo e reflita sobre o que é mais racional para fazer. Ou a aceite como você acha que ela é, ou deixe-a procurar alguém menos tolo do que você.

O Emerson já disse: “Você é tão pobre ou tão rico quanto o seu vizinho, senão não seria vizinho dele”. Um pensamento enriquecedor. Você é apenas um vizinho da sua companheira de união. A escolha da união foi sua, logo se houver um erro, é seu. Então saia da vizinhança. Se não sair estará se igualando. E cabe a você, e a ninguém mais, a decisão, se vai continuar na vizinhança ou não. Se sua companheira decidiu se separar será porque ela não quis se igualar. O que merece respeito e não vingança. Você não estará se vingando de alguém que lhe ensinou, com a didática do bom exemplo.

A criminalidade brutal continuará existindo, enquanto não nos racionalizarmos. E ainda teremos dilúvios que nos obrigarão a marchar em marcha à ré. E a dificuldade está em não entendermos que no Universo de onde viemos, há vinte e uma eternidades, não há unidade de tempo. O tempo é agora. O que significa que ficarmos aqui mais vinte e tantas eternidades não faz diferença. O progresso a regresso é responsabilidade de cada um de nós. Ninguém vai nos salvar, a não ser nós mesmo. Então vamos evoluir nos conhecendo a nós mesmo. E só quando nos conhecermos seremos capazes para o progresso. Porque o progresso está no que somos. Somos o que pensamos, mas nem sempre somos o que pensamos que somos. Cada um é cada um. Valorize-se no que você é, respeitando o que os outros são. Pense nisso.

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