Opinião

Opiniao 14653

Quando o mundo perdeu os olhos, os ouvidos e o coração

Que mundo cego, surdo e insensível é este tão deprimente em que vivemos?

Quem, em ao menos algum momento da vida, não se sentiu reprimido, com um talo na garganta, um grito sufocado, sensação de estar apresando uma explosão interna, mas que gostaria muito de externá-la para o mundo todo ver e ouvir? Quem não se viu fadado a camurflar ou mesmo abafar de vez uma história de verdade própria não tão comum aos olhos alheios, ou uma história de profundas guerras interiores, ou de imensurável tristeza, ou de atos de bravura e coragem fatídicos, porém que poderiam soar como estranhos e inverdadeiros aos outros? Quem nunca se viu mergulhado numa profunda experiência de solidão mesmo estando acercado de multidão? Ou quem nunca teve medo de se expor, de contar sua história de tristeza por medo de ser imprecisamente confrontado, de ver sua dor sendo mal avaliada e julgada? Ou quem, em algum momento, não sentiu-se inseguro de se externar até para pessoas muito próximas, íntimas ou familiares?

O fato lamentável é que lindas histórias e gigantescas experiências estão morrendo todos os dias porque as pessoas não se inclinam para ver, ouvir e sentir a dor alheia, porém, se erguem prontamente, em insensata altivez, para avaliar,  julgar e condenar ao que entendem como vitimista, extremista, errante, simplório, insano ou inferior!

Criticam aos que se encorajam a lhes revelar seu calvário, mas também os criticam quando a situação se agrava e mantiveram-na escondida! Vá entender o ser humano!

O mundo propaga a obrigação de um silêncio indevido, como se não tivéssemos o direito de sermos simplesmente humanos, tanto no tocante ao acaso de não estarmos numa boa fase e termos de esconder a situação, como também, impõe-nos, ao mesmo tempo, o dever de desprezar o que ele nos apresenta como ridículo e fraco: as pessoas que se abatem, que se deprimem, e, pior ainda, as que chegam ao ponto de dar cabo da própria vida por não encontrarem uma solução para os seus problemas!

É desesperador olhar para todas as direções e quase não ver seres humanos, somente robôs pensados e ditados por uma cultura generalizada e fria, incapaz de abraçar os que sofrem!

Não seria a hora de repensarmos sobre o que nos foi ditado ao longo do tempo e estamos absorvendo como normal, bom e útil?

O mundo precisa de humanos com extrema emergência!!!

Estamos nos matando aos poucos quando tiramos o nosso direito de falar do que sentimos e vivemos! Também nos matamos como um todo quando não permitimos a expressão dos sentimentos dos nossos semelhantes!

O amor sempre será a parte melhor de nós, então nos amemos uns aos outros, assim o mundo será muito melhor e ninguém se sentirá imputado a tocar na própria vida.

Eliane Rabelo

Artista em vários segmentos e visionária.

Que tal um pouco mais de consciência coletiva?

Vanete Maria Aguiar Ventura

O homem é um ser político por natureza, consciente ou não, vive fazendo escolhas, tomando decisões. Decisões que afetam não só a sua vida, mas também a vida do outro, visto que ele não vive isolado e sim em sociedade.

Não é errado, ao fazer suas escolhas e tomar decisões, pensar primeiro nos seus interesses, no seu bem estar e no bem estar de seus familiares. Entretanto não pode deixar de pensar também que suas escolhas e decisões poderão trazer consequências, boas ou ruins, para o coletivo do qual faz parte.

Sendo assim, mesmo não sendo errado pensar primeiro em si, seria, no mínimo, egoísta de nossa parte não considerarmos as consciências para a vida do outro. Então, conclui-se que devemos pensar em nós, mas não em detrimento do bem da coletividade. Não podemos considerar apenas nossos interesses pessoais, uma vez que temos que considerar também os interesses coletivos.

Esse pensamento deve estar presente em todos os momentos de nossas vidas para servir de parâmetro na hora da tomada de decisão. Muito mais agora que estamos às vésperas de uma eleição, então, querendo ou não, as possibilidades de melhorias para o nosso estado e para o nosso país estão em nossas mãos e se concretiza com o ato de votar.

Agora, reta final da campanha, é hora do desespero, da apelação, das propostas, muitas vezes, indecentes, contudo é hora também de sabermos separar o joio do trigo.  Infelizmente muitos dos que estão aí como candidatos não tem propostas consistentes, porém tem muito dinheiro para comprar votos, possuem verdadeiros currais eleitorais.

Não sei se você já vendeu seu voto, se pensa em vender, se já negociou por dinheiro, serviços ou promessas de emprego, todavia uma coisa eu sei e posso dizer: quem não tem propostas e está tentando comprar seu voto definitivamente não merece tê-lo.

Não é certo negociar o voto, inclusive você já deve ter escutado a célebre frase “voto não tem preço, tem consequências”, porém não estou aqui para julgá-lo, cada um que sabe “onde o sapato aperta”. Entretanto quero lembrar que o voto é secreto e “para um bom entendedor meias palavras bastam”.

Quem se aproveitou das tuas necessidades para comprar teu voto não merece recebê-lo e ponto final. Vote naquele que não tem pretensão de comprar voto por saber o mal que isso faz, entretanto tem propostas que irão melhorar tua vida e junto com isso ajudar a acabar com esses tão famosos e nefastos currais eleitorais.

Outra coisa, se você precisa levantar bandeiras, tudo bem é uma oportunidade de trabalho temporário e previsto nas leis eleitorais. Só não pode esquecer que você está vendendo um serviço e não a sua consciência “política-coletiva”.

Isso significa que, se você não teve oportunidade de trabalhar para aquele que realmente merece seu voto, faça seu trabalho e da melhor forma possível, porém não se sinta na obrigação de votar em quem não merece seu voto. Repito voto é secreto e essa atitude não representa falta de caráter, mas sim senso de coletividade, então que tal um pouco
mais de consciência coletiva?

A importância nas diferenças

Afonso Rodrigues de Oliveira

“Bendita crise que vai me ensinar o que é verdadeiramente importante”. (Mirna Grzich)

Que o que passou é passado, já sabemos. Só ainda não aprendemos a prestar atenção às mudanças, no presente. Continuamos presos ao passado, sem dar atenção às mudanças que vieram do passado. A crise causada pela pandemia, já se foi. O que estamos fazendo é tentando trazê-la de volta, mesmo mascarada com outras do passado. Mas deixa isso pra lá e vamos cuidar do presente, desfrutando resultados bons do passado.

Estamos iniciando mais um mês. Cabe a cada um de nós, vivê-lo com sabedoria. E esta, nós a trouxemos do passado. Vamos dar um sinal de “bem-vindo” para o novo mês. Vamos procurar vivê-lo como ele deve ser vivido, mesmo quando tudo nos indica que nada mudou. Então, vamos, nós mesmos, fazer as mudanças. Procure mudar algo em você, a cada instante. Vivemos um mundo em evolução. O problema é que nem sempre estamos preparados para observar a evolução. Olhei, agora, para minha estante, e dei de cara com a foto de um dos caras que mais nos derem bons exemplos. O sorriso estampado no rosto do cara nos diz exatamente o que somos nas diferenças. Recentemente citei uma frase dele, aqui no nosso papo.

O cara que admiro de verdade, pela experiência que ele nos passou, é o Charlie Chaplin. O trecho escrito naquele quadro nos traz um ensinamento profundo de como devemos viver a vida. Mas a frase do Chaplin, que mais me cativa é: “A vida é uma peça de teatro que não permite ensaio. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos”. Vamos mirar mais nos pensamentos que vêm de mentes que nos fortalecem. O Bob Marley também disse: “Não viva para que sua presença seja notada, mas para que sua falta seja sentida”.

Na vida podemos plantar, tanto a alface quanto o carvalho. Viver o dia de hoje é muito importante. Porque há pessoas que não vivem o dia, esperam que ele passe. Vamos iniciar o mês que nos aproxima do fim do ano, fazendo o que podemos e devemos fazer para mudar o cenário. É quando nos aproximamos da ribalta, que percebemos o quanto estamos fazendo nossa parte na peça da vida. Somos todos atores da vida. É na vida que aprendemos a viver. E não vamos permitir que a cortina se feche sem aplausos. É depois da cortina fechada que somos aplaudidos pelos que sentem falta da nossa presença. Que é quando nossa falta é sentida. Então vamos estar sempre presentes, vivendo cada momento do dia, como uma preparação para as mudanças no futuro. Os do futuro vão viver o que aprenderam conosco no passado. Pense nisso.

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