Brasil na encruzilhada.
Na semana passada ocupei o nobre espaço deste jornal para falar das eleições presidenciais, que estão indo para o segundo roud no próximo dia 30 de outubro. Dei o título de “Chorumelas” ao artigo; falei sobre as questiúnculas de uma campanha sem propósitos, nem propostas de mudança, planos e metas para o futuro. Somente luta pelo poder.
Na noite de domingo, 16/10, assisti a mais um debate. Agora, o da Band, em pool com alguns das principais mídias.
Caro leitor, amiga leitora, não sei qual sua opinião, mas eu vi dois piões rodando pelo palco, como atores de quinta categoria, se digladiando. O show era para saber quem desqualificava mais o seu opositor. Os dois candidatos passaram toda a campanha bradando impropérios sobre o outro. Nenhuma proposta para resolver nossos seculares problemas. Tudo o que um disse sobre o outro, acho que é verdadeiro. Mas nada disse me interessa. Essa campanha é como se tivéssemos aberto o esgoto. Mal cheiroso, muita sujeira, nenhum sinal de limpeza à vista.
Circo armado. Debate em novo formato. Mas se esqueceram de assegurar o principal: o conteúdo. Questões postas mal respondidas, muita embromação. Mais uma vez, fica claro que não existem planos de governo. Lula não tem intenção de apresentar fatos concretos do que realizará. Bolsonaro também não faz melhor. Não precisamos do oráculo de Delfos para nos dizer o que acontecerá com o País caso um ou outro vença o pleito. Tendo isso em perspectiva, podemos afirmar que o que se esperava do debate murchou. Assistiu-se a um déjà vu de aval iações de aspectos de conduta para administrar assuntos pontuais, enfatizando pandemia e corrupção – ambos analisados exaustivamente pela mídia desde que ocorridos. Alguém pode afirmar o que ocorrerá de fato no futuro deste país, além do previsível? Assim, votos já cristalizados em um ou outro, o eleitor, ao votar no segundo turno, terá de escolher entre duas questões fundamentais: se achar que a administração da pandemia tem menor relevância que a corrupção do governo Lula, escolherá Bolsonaro. Quem achar que a corrupção é democrática no país preferirá Lula. E, finalmente, quem discordar de ambos achando que o País não evoluirá, qualquer que seja o eleito, terá de ter a paciência de Jó e a esperança, que é a última que morre, aguardando a chega da de Godot.
No futuro, quando alguém se interessar em estudar como foram as eleições para presidente no ano em 2022, talvez não acredite como um país como Brasil, com suas dimensões: territorial, populacional, riquezas, ficou refém de duas seitas tão venais e inescrupulosas como o petismo e o bolsonarismo, sobreviveu.
Os dois candidatos que chegam na reta final, não são apenas despreparados para o maior cargo da república, como já mostraram a que vieram. Como um país com 214 milhões de pessoas, tem que escolher entre dois mentecaptos? Isso prova que somo um país de macunaímas.
A luta entre um presidente em exercício e um ex-presidente é o retrato bem acabado de que temos que acabar com essa excrescência chamada “reeleição”. O Brasil não tem cultura para a reeleição. Não esqueçamos que a reeleição é obra de FHC, o príncipe de Sorbonne.
Bolsonaro foi eleito em 2018 por causa dos desmandos do PT e seus satélites. Lula está na reta final, podendo vencer no próximo dia 30/10 por causa das loucuras de Bolsonaro, que além de não ter empatia, mostrou sua real dimensão diante dos problemas. Nem um dos dois me representa. Agora é torcer para que vença o menos ruim.
Pobre Brasil, que faz jus à velha e infame piada, que quando Deus criou esse imenso país tropical, nos livrou de algumas hecatombes. Não temos terremotos, vulcões, furacões, mas em compensação, olha só o “povinho”.
E, no meio disso tudo, o povo dividido, se matando por Bolsonaro e Lula. Eu, como discípulo do anarquista russo Mikhail Bakunin, dou risadas, nervosas.
Luiz Thadeu Nunes e Silva
Eng. Agrônomo, Palestrante, cronista, escritor e viajante. Autor do livro “Das muletas fiz asas”. O sul-americano mais viajado do mundo com mobilidade reduzida, visitou 151 países em todos os continentes do mundo.
Só acredita quem tem fé
Afonso Rodrigues se Oliveira
“A fé devia começar dentro de nós. Se a pessoa não tiver fé em si, nunca terá fé em mais ninguém nem em coisa alguma. A fé em si é um imperativo absoluto para que se possa ter uma vida feliz, harmoniosa e digna”. (Samuel Dodson)
O poder da fé é tão grande que se torna difícil de entender. Ter fé em quê, ou em quem, e por quê? Claro que é uma questão de desenvolvimento racional, e não religioso. Porque não há como você ter realmente fé, se não acreditar em você mesmo, ou mesma. Você já está fazendo o milagre quando acredita que pode fazer o que pretende fazer. E todos nós temos esse poder. Só não acreditamos que temos. E não é nada fácil fazer você acreditar. Desde que você tenha que acreditar em você mesmo, no seu poder de alcançar. Tudo depende da nossa evolução. Só quando acreditarmos que podemos viver uma vida feliz, conseguiremos isso, mas não conseguimos acreditar no milagre que fizemos.
Tudo bem, não fique grilado com esse assunto. Não estou querendo que você pense que estou tentando criar uma religião. Corta essa. Só estou querendo conversar com você. E como sou, e estou interessado no desenvolvimento social, estou tentando tocar no assunto. Não estou esperando que todos acreditem, mas espero que algum dos membros do grupo da conversa abra a mente. E abrir a mente é acordar para o poder que cada um tem de ser feliz. É só acreditar nisso, e ser mais positivo nos pensamentos. Por que se aborrecer porque o amigo, lá da esquina, foi rude com você? Se estiver se sentindo incomodado porque o cara enganou você, calma. Vá até seu quarto, feche a port
a, sente-se ou fique em pé. Feche os olhos e olhe-se no seu espelho interior. Respire, acalme-se e quando estiver se vendo no espelho, como você realmente é, pergunte a você mesmo ou mesma: ele me enganou, ou eu me enganei com ele? Se perceber que foi você que se enganou, verá que você deu uma de bobo ou boba. Então, porque se aborrecer com o cara? Acorde e seja mais positivo.
Na verdade, a vida só é ruim para quem não sabe viver. Então vamos aprender a viver para que sejamos felizes. E é simples pra dedéu. Quando nos valorizamos não deixamos que o negativo seja superior, a ponto de nos atingir. Ainda há quem ria quando dizemos que devemos dar bom dia ao dia, quando nos levamos, pela manhã. Mas tente fazer isso sempre. Sorria sempre para você mesmo. O Bob Marley já nos disse: “A vida é para quem topa qualquer parada, não para que para em qualquer topada”. Vá sempre em frente. O horizonte é inatingível, mas devemos ir sempre em direção a ele. É lá que está a felicidade que queremos e buscamos. Pense nisso.
99121-1460