Opinião

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Como Investir em Fundos Imobiliários

Levando em consideração o conceito de diversificação de carteira, os Fundos Imobiliários são alternativas interessantes na rentabilização dos seus investimentos.

Os Fundos de Investimento Imobiliários, como o próprio nome sugere, são veículos que destinam seus recursos à aplicação em negócios relacionados ao ramo imobiliário, como por exemplo o desenvolvimento de empreendimentos ou em imóveis prontos.

De maneira resumida, um fundo é constituído por uma gestora de investimentos e é dividido em milhares de cotas. Cada investidor é chamado de cotista e, na maior parte dos casos, pode negociar suas cotas na Bolsa de Valores e até lucrar na venda dessas cotas à outra pessoa.

Devido à volatilidade e questões de oferta e demanda, a cotação de um determinado fundo imobiliário pode sofrer oscilações e, portanto, apresentam certo grau de risco. Por este motivo, são produtos indicados à longo prazo.

Os principais tipos de fundos imobiliários são:

  • Fundos de Papel: Investem majoritariamente em títulos e papéis ligados ao mercado imobiliário, como por exemplo os CRIs, LCIs e LHs.
  • Fundos de Tijolo: Investem principalmente em imóveis físicos, como por exemplo shoppings, galpões logísticos, lajes corporativas, etc.
  • Fundos de Fundos: Investem em diversos outros fundos imobiliários ao mesmo tempo.

Comumente, os fundos imobiliários distribuem dividendos de maneira mensal – o que possibilita o investidor ter uma previsibilidade de ganhos e se organizar melhor financeiramente. Este rendimento distribuído periodicamente aos cotistas pessoas físicas é isento de Imposto de Renda, na maior parte dos casos.

Nos dias atuais, quase todas as corretoras possibilitam o investidor comprar fundos imobiliários sem nenhum custo de corretagem – o que acaba sendo interessante para conquistar clientes. A operacionalização é simples e pode ser feita pelo próprio investidor através do celular ou do computador, no Home Broker. E uma outra vantagem é que você pode começar com valores baixos, adquirindo até mesmo uma cota. Os valores costumam variar de R$ 10 à R$ 100 por cota.

Para iniciar seus investimentos nesse tipo de produto é recomendado conversar com seu assessor de investimentos a fim de uma melhor indicação aderente ao cenário econômico e alinhado às perspectivas do fundo.

Harion Camargo, CFP® – Técnico em Gestão Logística. Bacharel em Comércio Internacional e pós graduado em Engenharia Financeira (FIA-SP). Possui curso intensivo em Business Supplementary pela Kaplan (Canadá) e estudou Economia Aplicada no MBA pela Fipe-SP. Mestrando em Administração com linha de pesquisa em finanças pelo Mackenzie.

Atuou em cinco diferentes áreas no Banco Bradesco, finalizando suas atividades na Mesa de Trading FX. Posteriormente, no Itaú Unibanco, assumiu uma carteira de clientes expatriados, na área de Investment Advisory, onde atuava diretamente no Asset Allocation dos clientes estrangeiros.

Foi responsável pela área comercial na gestora Valora Investimentos, e teve uma passagem como sócio de Institutional Sales na Quasar Asset Management em 2021. Atualmente é Associado na área de DCM da Integral Investimentos.

Possui as certificações: CFP, CFA Investment Foundations, Cambridge, CEA, CPA-20, CPA-10, PQO, FBB-100 e CA-300.

Ministra diversas palestras em universidades sobre temas ligados a finanças pessoais e mercado financeiro.

De que forma você enxerga uma música?

*Por Adriano Rossi

Já viu uma foto que quase te fez sentir um cheiro? Ou um vídeo que deixou um gosto ruim na boca? A próxima é mais fácil. Já escutou uma música que te deu vontade de correr mais rápido? 

Presente a todo momento, acredito que essa miscelânea de sensações é mais marcante com a presença da música. Só ela é capaz de mudar nossa disposição de “levemente desanimado” para “completamente na fossa”, ou até mesmo nos fazer mudar de uma “sexta em casa vendo filme” para “noitada agressiva seguida por ressaca moral”. 

Lembro que quando li “A Torre Negra”, de Stephen King, eu estava escutando muito Bruce Springsteen e, até hoje, quando escuto “Dancing in the Dark”, quase consigo sentir a textura dos cabos de sândalo dos revólveres de Roland. 

Quando ouvi a “Gôndola Lúgubre” de Franz Liszt, ao mesmo tempo que lia o poema “Gôndola Lúgubre” de Thomas Transtromer, consegui ver um significado totalmente novo, tanto para as linhas quanto para os acordes.   

A música já foi usada para aumentar a produtividade de trabalhadores em linhas de produção e apitos de guerra astecas produziam um horrível som que causava terror em seus inimigos. Existe uma magia quase palpável nas ondas sonoras, magia que muda nosso humor, nossa arte, em essência, muda nossas vidas. 

Em um vislumbre onírico, imaginei o que aconteceria se pessoas tivessem a capacidade de ver as linhas que conduzem essa mágica e manipular a energia de acordo com suas habilidades, inatas ou adquiridas, para mudar o efeito de batalhas. 

É esta a ideia principal do meu quarto livro, “Cavaleiros da Tempestade”. Um mundo onde os acordes podem mudar o destino de uma nação. Apesar de ser obrigado a classificar o livro como alta fantasia, qualquer um poderá reconhecer que, a magia descrita no livro, é real. É o poder da música que conduz toda a narrativa. 

*Adriano Rossi é médico endocrinologista e escritor,  autor do lançamento “Cavaleiros da Tempestade” 

Malhando em ferro frio

Afonso Rodrigues de Oliveira

“A educação não é uma questão de falar e ouvir, mas um processo ativo e construtivo”. John D. Wey)

Você não constrói a espada sem primeiro esquentar o aço para poder moldar. No ferro frio é inútil martelar. Que é o que estamos fazendo com a nossa educação, há muito tempo. Quando sabemos que o resultado da preparação para educar é demorado, sabemos que não há como corrigir no futuro. O que devemos é iniciar um novo sistema, mas sem deturpar o processo original. E estamos fazendo a coisa ao contrário. Estamos mais ocupados e preocupados com o acréscimo no volume de crimes e barbarismos, mas sem procurar a solução. E isso porque não acreditamos que tudo está no declínio da educação.

A população terrestre cresce numa velocidade astronômica, e não nos preocupamos com isso. Ainda não entendemos que o crescimento necessita de preparo para as mudanças que virão com ele. E não estamos nos preparando. Porque ainda não entendemos que as mudanças no crescimento da população exigem mudanças nos processos administrativos. Mas ainda não estamos preparados, educadamente, para conversar com nossos administradores públicos. E isso porque não somos educados o suficiente para que entendamos que somos todos iguais. Os administradores se julgam superiores a nós, e nós nos julgamos inferires a eles. E nessa tela não há como projetar o problema.

Mas, ainda não somos um povo educado o suficiente para entender isso. Ainda não temos em mente que o eleito não foi eleito para nos dirigir, mas para cuidar de nós. Para nos dar uma educação eficiente para entendermos que estamos elegendo um representante, e não um chefe. E quando elegemos incompetentes é porque somos incompetentes. Então o resultado não é mais do que merecemos. E isso não nos dá o direito de ir para as ruas gritar, sem saber que estamos protestando contra nossa ignorância política. Que é quando votamos no candidato porque ele nos prometeu um salário-mínimo. Então é isso que merecemos.

Vamos acordar e pensar no futuro dos nossos filhos, para que eles pensem no futuro dos filhos deles. E não conseguiremos isso enquanto não formos educados politicamente. E a política faz parte da educação. E enquanto não considerarmos isso continuaremos elegendo políticos que não são políticos. Ainda são os que veem na política o meio de enriquecimento fácil. Vamos nos cuidar, cuidando da nossa educação que está no fundo do poço. E não mudaremos se continuarmos esperando que os outros façam por nós o que nós mesmos deveríamos fazer. Então vamos fazer, fazendo o melhor que podermos fazer. Comecemos pela nossa educação. Pense nisso.

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