Opinião

Opiniao 14928

O povo brasileiro acordou

Marlene de Andrade

“É melhor ter pouco com retidão do que muito com injustiça.” (Provérbios 16:8

Os PeTralhas acusam Bolsonaro de ser fascista, mas o que é afinal de contas isso?  Ora, todos nós sabemos que o governo fascista é autoritário e adora reprimir, porém o povo brasileiro, o qual veste a camisa verde e amarela, cor da nossa bandeira querida, vai às ruas passivamente como ia, por exemplo, Martin Luther Kink com liberdade e alegria. E eles? Ao contrário, saem por aí afora quebrando tudo, queimando pneus, poluindo o meio ambiente e impedindo o direito do cidadão de bem ir e vir, como determina nossa Constituição Federal. Não bastasse tudo isso, invadem fazendas e prédios como se eles fossem os proprietários de tudo e de todos. 

Então fascitas são eles e não Bolsonaro e nem o povo brasileiro pacífico que cansou de ser reprimido, enganado, vilipendiado e ultrajado e que por isso está exigindo dentro das normas éticas e morais o desmantelamento de um governo que pisou no povo brasileiro durante 16 anos se envolvendo na maior história mundial de corrupção, haja vista, o rombo que deram entre outros, na Petrobrás. 

E a Senadora Gleisi Hoffmann, cara de pau, ainda tem coragem de nos chamar de burgueses, ela deveria se tocar e cair na real. Olha o ce-Lula-r dela e vê quanto ele custou? O dela é um iPhone e ela anda muito bem vestida e o tempo todo no salto. Duvido que com a história do marido dela, o qual estava roubando idosos aposentados, ela não seja hoje uma milionária. Aí, a PeTralhada ainda tem a coragem de chamar o Bolsonaro de burguês? E tem mais: todos nós sabemos que essa categoria de burgueses não existe mais e nem tão pouco os burgos da idade média. Então pergunto: eles, os PeTralhas são os proletários? Claro que não! Eles são os ricaços que depositam o dinheiro delesem paraísos fiscais.  

Esses corruptos e covardes que tentaram fazer de nosso país uma ditadura, aos moldes da Venezuela, a qual hoje sofre as consequências sem limites dos desmandos de dois ditadores genocidas e fascistas, não pode ser modelo para o nosso país. Ainda bem, que nós brasileiros, estamos deixando de ser idiotas, acordamos e passamos a entender a realidade e não vamos permitir que os esquerdopatas nos venham nos dominar. E isto por quê? Temos um messias terrestre que nos despertou. Aleluia e Glória a Deus. 

Médica formada pela UFF 

Título em Medicina do Trabalho/ANANT 

Perita em Tráfego/ABRAMET 

Perita em Perícias Médicas/Fundação UNIMED 

Especialização em Educação em Saúde Pública/UNAERP 

Técnica de Segurança do Trabalho/SENAI-IEL 

CRM-RR 339 RQE 341 

Coisas da simplicidade

Walber Aguiar*

Quem me dera ao menos uma vez que o mais simples fosse visto como o mais importante.

Renato Russo

Ele vivia  naquela casa simples com cadeiras na calçada, com cajueiros no quintal, abacateiros, manguitas, que sempre fazia questão de dar. Passeava quase levitando, na imanência dos dias, com os pés descalços no terreiro cheio de sombra, chicória, cupuaçu, cidreira e capim santo. A casa foi feita para ser o lar de Cazuza e dona Otília. Construída em cima de mirixis e batatas doces que pai-lá plantava, junto com bananeiras; tesouro doce, feito as ingás de dona Inês, bem ali do lado.

Tudo era muito simples, como simples era o homem menino que ali morava. Junto com Joaquim, durante algum tempo, com quem repartiu abrigo e boas palavras, com firmeza e sensibilidade. Um dia vovó partiu, e a casa do bairro de Aparecida ficou ainda maior, pois seu quarto, sempre imexivel, ficou enorme feito sua mala centenária, que testemunhou todos os atos e pessoas que por
ali passaram.

Depois foi a vez de Joaquim. Ausente o pescador de peixes e de amizades, o espaço foi crescendo, crescendo, absorvendo a figura cheia de ética e grandeza que ali vivia. Um rapaz que amou poucas mulheres, Que fez chorar Eneida e suspirar tantas outras almas femininas. Com uma delas teve um filho, Leonardo, único e intensamente amado, mesmo à distância. Leonardo, que estava com ele na hora final.

Antônio Carlos David. o tio Carlinhos, ou Cazuza, viveu como bem entendeu viver e se vestiu de enorme simplicidade. Pedalava sua monark vermelha, enquanto cruzava a rua Aruaque, na direção da “Folha de Boa Vista”, onde apanhava o jornal todos os dias, bem manhãzinha. Levava o periódico religiosamente até a casa da Coronel Mota, onde desfraldava poemas e palavras diante dos olhos atentos de seu Genésio e dona Maria . E fazia isso com orgulho. Aliás, tudo que ele realizava tinha muito de vontade e satisfação.

Cazuza desenhava muito bem e foi tenor no coral da secretaria de educação,com o maestro Dirson Costa e tantos outros. Seus traços viraram idéias, atitudes e a existencialização do que viria a ser. Passou a limpo o borrão da vida e sorriu diante da saudade e da dor. Colecionou amigose acumulou tesouros no céu, onde a traça não consome e a ferrugem não corrói. Por onde passava, acenava. No bar do Pará, onde tomava uma cervejinha bem gelada, no trabalho, no lugar onde se ergue o busto de Ottomar de Souza Pinto. Ali era respeitado, querido, amado. Sempre levava um sorriso no rosto e um lanche para os que tinham encarado a longa jornada semanal.

Carlinhos era assim, feito à imagem e semelhança do santo cuja igreja frequentava com muita constância, devoção e alegria: São Francisco, amigo dos bichos, das plantas, do sol e da lua; uma figura sedenta por Deus, cheia de intensa espiritualidade no coração. Se “alguém é tanto mais santo quanto mais humano seja”, então Cazuza era portador de enorme vida com Deus. Era de uma extrema humanidade, desde o ato de botar comida e água pros passarinhos até o cuidado com as feridas dos cães que nem dele eram.

Um carro, uma moto e uma coleção de amigos. Sidney, Wallace, Carmono, César Baiacu, Raulino, Caboco Clério, Williams, Magno velho e todos os sobrinhos, filhos de tia Zélia, Maria Messias e tia Dica. Também de Francivaldo Galvão, com quem batia longos papos sob as mangueiras mágicas do quintal de dona Otília. sorvendo uma antártica bem gelada. E aqui, peço perdão por não lembrar de todos os amigos, como Índio Bessa, Joãozinho, Eronildes, Patinhas, Cachorrão e toda a gente boa que com ele caminhou na trilha do existir.

Meu tio era indescritível.Indignava-se com a injustiça, a corrupção, o saque, a ladroagem, a opressão com que são tratados os que se vendem por cem reais e os que pagam o pato por se manterem bons, éticos e justos. Cazuza nunca deixou de ser menino. Nunca perdeu totalmente seu sorriso maroto, sua inocência bonita, coisa ingênua e morna que muitos deixaram e deixam pelo caminho.  

Era uma tarde morna. Nunca ia lá pra passar uma chuva. Sempre demorava duas, três horas, às vezes a tarde inteira. Creyse e Cleres também iam lá. Creyse levava Renato para conhecer e conversar com o tio, a quem ele chamava de “camaradinha legal”. Penso que o menino Renato deve ter aprendido um pouco da simplicidade daquele homem, daquele jovem que portava um espelhinho oval no bolso e uma escovinha, chamada por seu Gernésio de pente de malandro.

Oferecia suco, água, manguita, um pouco de peixe que sobrava do almoço. Sei que ele tinha muitos livros e um enorme quadro com Wanda, na parede,do qual tinha muito orgulho, feito no auge da juventude dos dois. Sei que ali estão a TV, companheira da solidão e da insônia, o sofá onde ele deitava, o velho ventilador que girava no ritmo em que Cazuza levava sua vida: devagar e sempre.

Cleres sempre estava lá, na tentativa de compensar a ausência de muitos que partiram para o Eterno e a eternidade. Brincava de ser simples com aquele discípulo de São Francisco, que sempre estava ali, entre cachorros , plantas e passarinhos.

Qaulquer dia desses vou passar por ali, na tentativa de reabastecer o espigão de minha alma com as energias da simplicidade e daquilo que se constitui no autêntico existir, no mais amplo significado da verdadeira vida.

Sei que vou lembrar sempre do seu sorriso, do seu olhar franco, como que querendo agradar através de palavras cheias de singeleza e alegria de coração. Lembrarei da bicicleta vermelha, da manga madura, do abacate e, sobretudo, daquele rapaz latino-americano que portava uma escovinha e um espelho oval no bolso…

Adeus menino Cazuza, um dia nos encontraremos nos terreiros celestiais, cheios de sombra, cajueiros frondosos e uma grande revoada de passarinhos…

*Poeta, professor de filosofia, historiador, membro do Conselho de Cultura e membro da Academia Roraimense de Letras

Pare de criticar

Afonso Rodrigues de Oliveira

“As pessoas inteligentes aprendem mais dos tolos do que os tolos das pessoas inteligentes”. (Marcos Cato)

Que é o que chamamos de evolução. Verdade ululante que sofre sem ser notada. Inteligentes geralmente não discutem nem criticam. Senão não aprenderiam com as tolices dos outros. Que é o que ainda me preocupa, com os movimentos das pessoas negras, que nem sei por que são chamadas de negras. Repito insistentemente a sabedoria do Bob Marley: “Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos, haverá guerra”. O cara precisa ser muito boboca para tentar inferiorizar a pessoa porque ela é negra. E se é assim, por que você vai se aborrecer com a inferioridade do que está tentando inferiorizar você? Nesse caso você está se igualando a ele. Simples pra dedéu.

Vamos prestar mais atenção aos erros dos outros como um processo positivo. Q
ue é quando aprendemos com os erros. Se não houvesse erros não haveria acertos. Você nunca irá corrigir um erro se não for capaz de acertar. Então o erro não foi um erro, mas uma indicação de que a coisa não deve ser feita assim como foi. Aí recorremos ao Thomas Edson, quando um amigo o criticou por ele estar errando tanto na construção da lâmpada elétrica. Ao que o Edson respondeu: “Eu não estou errando, estou aprendendo como não fazer da próxima vez”. Nada mais notável do que uma resposta inteligente.

Luciano Bivar também disse: “A inteligência não se mede pela soma de conhecimentos, mas pela capacidade de discernir as coisas”. Vamos parar com essa pantomima de gritos, protestos e coisas assim. Isso nunca nos levou a lugar nenhum. Senão não estaríamos tão estagnados na preguiçosa evolução que vivemos. Vamos fazer nossa parte como ela deve ser feita. E só saberemos como fazer quando nos conhecermos no que realmente somos. Mas, só quando aprendermos que realmente somos todos iguais nas diferenças. O que nos leva a respeitar as diferenças que não são mais do que regras e normas estabelecidas pela nossa ignorância.

Oito bilhões de pessoas estão lotando este solo imenso e desconhecido. E pelo que continuamos vendo mundo a fora, ainda temos muito para fazer para que possamos ser considerados seres racionais. E como somos brasileiros, atenhamo-nos à nossa cultura. E nada mais indicado do que respeitar o pensamento do Miguel Couto: “No Brasil só há um problema nacional: a educação do povo”. Então vamos cuidar da educação dos nossos filhos para que eles possam nos representar em um novo mundo. Estamos plantando o carvalho, para a sombra de amanhã. Nada de euforia nem desespero. O que devemos é ser o que somos. Pense nisso.

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