Opinião

Opiniao 14953

De que forma você enxerga uma música?

*Por Adriano Rossi

Já viu uma foto que quase te fez sentir um cheiro? Ou um vídeo que deixou um gosto ruim na boca? A próxima é mais fácil. Já escutou uma música que te deu vontade de correr mais rápido? 

Presente a todo momento, acredito que essa miscelânea de sensações é mais marcante com a presença da música. Só ela é capaz de mudar nossa disposição de “levemente desanimado” para “completamente na fossa”, ou até mesmo nos fazer mudar de uma “sexta em casa vendo filme” para “noitada agressiva seguida por ressaca moral”. 

Lembro que quando li “A Torre Negra”, de Stephen King, eu estava escutando muito Bruce Springsteen e, até hoje, quando escuto “Dancing in the Dark”, quase consigo sentir a textura dos cabos de sândalo dos revólveres de Roland. 

Quando ouvi a “Gôndola Lúgubre” de Franz Liszt, ao mesmo tempo que lia o poema “Gôndola Lúgubre” de Thomas Transtromer, consegui ver um significado totalmente novo, tanto para as linhas quanto para os acordes.   

A música já foi usada para aumentar a produtividade de trabalhadores em linhas de produção e apitos de guerra astecas produziam um horrível som que causava terror em seus inimigos. Existe uma magia quase palpável nas ondas sonoras, magia que muda nosso humor, nossa arte, em essência, muda nossas vidas. 

Em um vislumbre onírico, imaginei o que aconteceria se pessoas tivessem a capacidade de ver as linhas que conduzem essa mágica e manipular a energia de acordo com suas habilidades, inatas ou adquiridas, para mudar o efeito de batalhas. 

É esta a ideia principal do meu quarto livro, “Cavaleiros da Tempestade”. Um mundo onde os acordes podem mudar o destino de uma nação. Apesar de ser obrigado a classificar o livro como alta fantasia, qualquer um poderá reconhecer que, a magia descrita no livro, é real. É o poder da música que conduz toda a narrativa. 

*Adriano Rossi é médico endocrinologista e escritor,  autor do lançamento “Cavaleiros da Tempestade” 

Vamos às mudanças

Afonso Rodrigues de Oliveira

“Os filósofos não fizeram senão interpretar o mundo. Devemos agora é transformá-lo”. (Karl Marx)

Já pensou se o mundo fosse estático? Se a Terra não girasse, não caminhasse em direção sabe-se lá qual? Acho que eu viveria cochilando deitado numa rede. Mas ele caminha e ela gira. Um belo par. E você, que é que está fazendo? Que foi que você fez ontem, para mudar ou pelo menos melhorar o mundo? Ótimo, boa observação. O cara aqui no meu ombro, novamente me deu um tapa na orelha. Tentei reclamar e ele acudiu: “ninguém melhora sem mudar”. Ótimo. Então vamos mudar. E mudaremos se cada um fizer a sua parte. Se nenhum de nós se julgar melhor do que o colibri. Ele fez a parte dele transportando gotas d’água e as jogando no incêndio. Por menor que seja sua participação nessa tarefa de apagar o fogo, ela será importante. O importante é que você faça o trabalho com amor e afinco. E o afinco está na dedicação, entrega e, sobretudo, entusiasmo. O entusiasmo quando controlado ao limite da euforia, é sempre benéfico, sempre produtivo.

Comece a tarefa começando a aprender a não perder tempo com aborrecimentos. Por que ficar se martirizando por conta de políticos corruptos? Eles, os corruptos, sempre foram e sempre serão assim. E se você quiser mudar isso, mude sua maneira de ver isso. Políticos corruptos, desonestos, sempre existiram e sempre existirão enquanto não mudarmos como eleitores. Eles são o produto do nosso despreparo. Aborrecer-se com eles é atacar o inimigo errado e pelo lado errado. É remar contra a maré. E isso foi o que sempre fizemos vida a fora.

Sabia que muita gente nem se lembra mais de que no final de 1999 entramos no século vinte e um? A euforia da entrada apagou-se, esquecemos dos compromissos para as mudanças e continuamos agindo, fazendo, e comendo as migalhas da mesa da festa de despedida. Continuamos querendo e esperando que o mundo melhore e nada fazemos para melhorar a nós mesmos. E enquanto não melhorarmos nada melhorará para nós nem para alguém. Verdade cruel, mas que tem que ser encarada como verdade.

Mesmo que você passe seus dias deitado numa rede continue, mas com mudanças. Em vez de ficar se balançando e pensando em coisas ruins, pense positivo. Olhe para as nuvens e as veja como coloridas e não pesadas, carregadas e ameaçadoras. Faça isso com toda simplicidade e estará colaborando para mudanças que, com certeza virão, trazendo novidades melhores. E tudo que você tem a fazer é acreditar nisso. Você sempre poderá se acreditar que pode. E você só creditará em você mesmo ou mesma, quando se valorizar no que você realmente é e sempre será. Pense nisso.

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