A dona de casa, Carmen Cabral, de 47 anos, denunciou hoje (13), véspera do dia mundial do diabetes, que está há três meses sem conseguir retirar as tiras usadas para a medição de glicose que ela usa todos os dias para o acompanhamento da doença. Carmem já tem cadastro e retira as fitas no hospital Coronel Mota.
Segundo a denunciante, ela precisa fazer três medições todos os dias, pois a diabetes que ela adquiriu está descompensada e por essa razão a glicose precisa ser medida o tempo todo. Caso não encontre no setor público a paciente afirma que terá que pagar cerca de R$ 120,00 por uma caixa que só tem 20 unidades.
O Governo alega que não é responsabilidade do Estado oferecer as tiras de medição. Conforme a nota encaminhada, a responsabilidade é do município. No entanto, em nenhum momento a paciente recebeu essa informação no Coronel Mota para procurar os postos de saúde municipais.
“Hoje já me disseram a mesma coisa de sempre, que na próxima semana pode chegar”, disse a dona de casa. Segundo ela, o problema se agrava toda vez que o Estado troca o modelo do aparelho. “Porque quando isso acontece, tenho que comprar outro aparelho e é muito caro”, observou.
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“Freqüentemente, nos deparamos com a falta de instrumentos que devemos utilizar para o controle do diabetes. Usar um aparelho medidor de glicose para monitorar o açúcar no sangue faz parte da vida diária de milhões de pessoas em todo o mundo. Pois bem, mais uma vez , ao chegar no Hospital Coronel Mota para conseguir aquelas tiras de teste descartáveis somos informados que a farmácia não dispõe disso”, desabafou a paciente.
OUTRO LADO
Segundo o Governo, o “fornecimento de medicamento e insumos para pacientes diabéticos são de responsabilidades da rede municipal de saúde pública, vinculada ao Sistema Único de Saúde (SUS), conforme lei Federal 11.347, de setembro de 2006”.
De acordo com o Governo do Estado, o fornecimento no Coronel Mota de fitas, conforme os aparelhos dos pacientes, acontece com a “intenção de colaborar com os usuários do SUS”.
“Informa ainda que a distribuição está regular, com estoque suficiente para atendimento da demanda dos pacientes que não conseguem ser atendidos na rede municipal. Ocorre de alguns pacientes não encontrarem a fita para o tipo de aparelho específicos que utilizam, devendo tentar buscar junto a rede municipal, que é a alternativa adequada para o fornecimento deste insumo”, finaliza a nota do Governo.
