Opinião

Opiniao 15422

Desmentindo Einstein

Elias Venâncio

O Mujica chama gente e suas ideias podem contagiar essa gente.  

Com uma proposta diferente, inclusiva e revolucionária, o Mujica já é um bloco de massa;  multidão vibrante e fãs fiéis.

Há uma sensação de pertencimento de quem acompanha o Mujica, parecendo ser ali o refúgio, a fortaleza q delimita um lado do outro.

Os conservadores não vão. Os evangélicos não vão. Os velhos mamadores da política não vão. Os retrógrados tb não.

Eles têm medo de olhar no olho do doce monstrão, q canta música com temas tabus para eles.

Mas seus filhos, netos, conhecidos vão e aprendem a gostar.

E é aí que chega a pedagogia do Mujica, ensinando com música,  diversidade e rebeldia q existe um outro mundo, muito mais belo e cheio de amor, com aceitação dos excluídos, a concordância de que ali pode-se exercitar a liberdade e botar pra fora um monte de frustrações, de negação e desejos a vida toda repreendidos. Ali é a catarse !

Por isso q é forte e vem cuspindo fogo, incendiando tudo por dentro. Uma Pimenta!

A gente vai chegando,  chegando…quando damos conta já estamos envolvidos de coração e mente. O Mujica é quente e abissal.

É com o Mujica que se descobre que existe um povo alegre.

Tantos e de todos os jeitos que a gente nem sabia que existem em Boa Vista, mas com o Mujica a gente fica sabendo e aprende a respeitar, pois o Mujica derruba falsos valores morais e elimina instantaneamente, basta a música começar a tocar,  

o preconceito e a discriminação, mostrando que é mais fácil desintegrar um preconceito do que um átomo.

Alguma coisa me diz que existe um cruviana soprando a uns palmos acima do chão.

E é o Mujica trazendo a revolução, preparando Roraima para dizer não cada vez mais forte ao poder político e social de agora.

Não acredito que toda aquela vibe não tenha repercussão. Que não reverbere sua rebeldia pelos atos da gente futura.

Os benefícios da escrita para a saúde mental*

Escrever e fazer uma leitura leve pode auxiliar muito no dia a dia. É um processo de autoconhecimento: por meio da escrita, entramos em contato com as nossas emoções e assim conseguimos organizar os pensamentos, aliviando as tensões reprimidas. Além de tudo, é uma ferramenta terapêutica acessível, pois para exercê-la, basta ter uma folha e caneta, ou ainda um celular ou computador.

Quando escrevemos, encontramos no papel uma forma de expressão, uma válvula de escape, um respiro em meio ao caos. É uma forma de transformar em texto o que não conseguimos verbalizar. Por isso, é importante ter sempre por perto um caderninho ou documento editável, para reunir ideias e insights que forem surgindo pelo caminho.

Um lembrete: a escrita não é só um dom. É um treino, um processo. Indico começar aos poucos, tentando pequenos exercícios, poucas palavras… Deixar fluir, anotando o que sentir vontade. Escritos são gritos silenciosos mas que ecoam na alma. Não é necessário colocar metas de quantidade de páginas diárias ou compartilhar os textos com outras pessoas — é um momento seu. Como escrevi no meu poema “Protagonista”: “Se for preciso, chora! Coloca pra fora. Anota, transborda. Só não vá embora de si”.

Nós temos o costume de pensar nas metas a alcançar, mas nem sempre lembramos dos passos que já demos, sejam grandes ou pequenos. Algo que nos marcou, um aprendizado. Quais sentimentos bons esse acontecimento nos trouxe? Frisar essas recordações nos fortalecem na jornada. Também podemos escrever sobre o que acreditamos, o que nos é essencial, o que gostamos, nossos pontos fortes. A palavra tem um poder transformador. Atua como curativo, abre caminhos e nos faz elaborar o que guardamos em emoções.

Escrever já é terapêutico, mas, quando comecei a ter acompanhamento profissional, consegui desenvolver ainda mais a minha criatividade, respeitar meus limites e me expressar de maneira mais assertiva. Por isso, ressalto sempre que a escrita aliada à terapia com um psicólogo profissional pode potencializar seus benefícios. “Saúde mental é coisa séria e deve ser cuidada. A mente pode ser nossa amiga ou nos armar uma cilada”, como recito no poema “Saúde mental”, que faz parte do meu livro “Celebre a poesia que existe em você”. Está mais do que na hora de parar para pensar em nós mesmos e nos colocarmos como prioridade, por meio de um olhar generoso e gentil.

*Caroline Maciel Pereira (@poesiapersonalizada) é jornalista, empreendedora artística e autora do livro “Celebre a poesia que existe em você”. Finalista do prêmio Expocom 2018, com o TCC de Jornalismo sobre a Poesia Contemporânea de São Paulo. Conduz oficinas de escrita, palestras, se apresenta em saraus e cria poemas personalizados para empresas.

O poder incomensurável da coragem

Afonso Rodrigues de Oliveira

“A coragem é a primeira qualidade humana, pois garante todas as outras”. (Aristóteles)

O futuro é imprevisível, e talvez por isso não conseguimos caminhar na direção da evolução humana. Quando pensamos que estamos no degrau mais alto da evolução, caímos no desencanto. O ser humano está, atualmente, no mesmo grau de evolução humana da idade da pedra. Talvez, naqueles tempos,
não tivéssemos evolução cultural para entendermos o comportamento humano. E minha dúvida é: será que estamos entendendo, hoje? Talvez não estejamos tendo tanta coragem para encarar o problema de frente. Vamos refletir sobre o maior problema que enfrentamos hoje, que é a falta de coragem para fazer o que deve ser feito para mudar o rumo da história.

Talvez estejamos tropeçando no desconhecimento da evolução humana. Porque ela não está somente no desenvolvimento social, material e coisa assim. Ainda não conseguimos nos concentrarmos na importância da evolução racional. Que somos humanos, sabemos. Mas não sabemos a importância do desenvolvimento racional. Que será quando deixaremos de ser realmente animais racionais, como nos consideramos hoje. A racionalidade não nos tirará deste ambiente em que vivemos há mais de vinte e uma eternidades. Mas com certeza, a racionalidade nos fará competentes e capacitados para fazer deste mundo, um mundo adequado para a existência de seres realmente racionais. E só assim viveremos um mundo digno para que nos sintamos dignos.

A coragem sempre venceu e sempre vencerá o medo. E não nos livraremos do medo enquanto vivermos sob orientações dos que não conseguem se orientar. É quando deixaremos de ficar esperando que os outros façam por nós o que nós mesmos deveríamos fazer. E se é assim, vamos fazer, fazendo o melhor que pudermos fazer para racionalizar a humanidade. E é simples pra dedéu. Mas só conseguiremos quando estivermos preparados para não confundirmos a racionalidade com religiosidade. Talvez esteja aí a dificuldade de termos coragem para a luta pacífica e tranquila.

As barbáries estão tanto nas guerras mundiais quanto nas das ruas, sobretudo em ambientes onde deveriam não chegar. Não há guerra pior do que a dos comportamentos humanos, nos centros urbanos, nas ruas e nos lares. Coisas que deveriam ser mais notadas para estudos mais preciosos, que se acomodam na ausência da Educação. Porque educar não é só ensinar a ler e escrever. E até mesmo aí, ela está capenga. Vamos nos valorizar no que somos e não no que pensamos que somos porque nos dizem que somos. Reflita sobre sua responsabilidade no desenvolvimento da humanidade. Pense nisso.

[email protected]

99121-1460