Opinião

opiniao 15680

Caboco das águas III –

Walber Aguiar*

Tudo é mais simples diante de um copo d’água

Drummond

Sonhei que estava no meio da Serra Grande, entre pedras e árvores monumentais. também haviam ingaranas, Maranatas pra nadar no poção das cobras, papéis de contas que se transformavam em miragens, que se perdiam em enorme desertos. No sonho,  o caboco das águas, com um olhar apreensivo.

Conversávamos filosofia, história, geografia, causos que pareciam com os do Lula, o Luciano Alvarenga, contador de estórias e histórias. Mas, ali, entre um riso e outro, um poema e uma canção, percebia seus olhos marejados por aquilo que mais o preocupava como guardião das águas, como aquele que ensinava a preservar, usar racionalmente e amar o bem mais preciososo:a água, o manancial, o rio de águas limpas, branquejantes, que nos sustentava todos os dias, que nos fazia visitar a CAER, a Companhia de Águas e Esgotos de Roraima, que nos banhava  e alimentava com o chafariz existencial, que escapava magicamente pelas torneiras da cidade.

 Assim, sonhei que estava com o caboco Dagmar, conversando sobre o futuro, a vida e a morte, sobre as águas que corriam sob nossos pés, sobre uma pretensa privatização do líquido essencial, abundante, majestosamente imprescincível.

Ele falava na preocupação com os desertos que, futuramente, poderiam assumir o lugar de rios, igarapés e outros mananciais. Dizia da ganância dos que faziam suco de dinheiro, daqueles que, não satisfeitos em tirar o pão da boca das crianças e o remédio da vida dos velhinhos, tinha sua alma entristecida pela probabilidade do mar virar sertão, do rio tornar-se sequidão de estio, aridez.

Começamos a entristecer com aquela possibilidade, com aquele pesadelo que parecia virar realidade. Onde o líquido essencial escorria por entre os dedos da ignorância, do medo, da carestia, da privatização daquele recurso que tínhamos em abundância.

Contava o caboco que a vida se tornaria inviável, e que o lugar das águas claras, tipo o reino encantado de Monteiro Lobato, estava lamentavelmente ameaçado.  Pensamos na possibilidade de convocar a todos para uma grande manifestação, onde, dadas as mãos, formaríamos um imenso muro de margaridas, um paredão de águas  e mais águas. Um protesto de todos contra aquela miserável decisão de privatizar o grande lugar dos reservatórios e mananciais.

Ora, somente entrariam nessa luta, nesse combate, os defensores da natureza, os que amavam a fauna, a flora, os igarapés e buritizais. Por isso fora confiado ao caboco aquele sonho, aquela revelação.

Assim, estávamos assustados com a ganância, a ambição desmedida, a loucura daqueles que se diziam representantes do povo, mas que não passavam de desumanos, insensíveis, destituídos de grandeza, ética e caráter. Aqueles que, durante a peste que matava e asombrava a todos, se enchiam de sarcasmo e engordavam seus corações em dias de matança.

A prevalecer o argumento da água sendo vendida pra quem cuidava das fontes e do mistério da perenização ameaçada, veríamos, finalmente, o dia em que as águas  escasseariam da Amazônia, de Roraima, da terra inteira.

Teríamos que unir forças e convencer os miseráveis políticos de que as águas não poderiam ser vendidos a um preço exorbitante, sendo que tínhamos aquela riqueza em abundância no subsolo, nos rios, igarapés, açudes e outros mananciais.

Ali estávamos nós. Eu, Dagmar, a Serra Grande, o Maranata e as ingaranas. De repente, assim do nada, seus olhos ficaram muito marejados. E o volume de lágrimas foi aumentando, aumentando, até virar um enorme igarapé. O caboco das águas sumira de repente do meu sonho. A mensagem última foi o amor às águas, o desejo de mergulhar, de não privatizar, de viver submerso.

*Advogado, poeta, historiador, professor de filosofia e membro da Academia Roraimense de Letras

 [email protected] tel. 99144-9150

ANOREXIA E BULEMIA 

Marlene de Andrade 

 

“…evite o mal. Isso dará a você saúde ao corpo e vigor aos ossos.” (Provérbios 3: 7e 8) 

 

A anorexia é um transtorno alimentar, o qual afeta a maneira da pessoa enxergar a imagem do seu corpo, ou seja, ela se vê de forma distorcida e mesmo estando magra ela acha que está acima do peso e por isso sempre se pesa e também pesa a quantidade de alimentos que come, fazendo assim, dietas bem restritivas

Em alguns casos, o paciente induz o vômito. Há casos que a compulsão se dá também por exercícios físicos intensos e o uso de laxantes e diuréticos. 

Os sinais e sintomas geralmente são: peso baixo, restrições alimentares severas e busca intensa por um corpo cada vez mais magro e, entre outros, a autoimagem da pessoa, fica para ela, distorcida. 

Quanto as complicações podem ser enfraquecimento dos ossos anemia. O paciente com o passar dos meses também pode sofrer problemas de cunho cerebral e falência múltipla dos órgãos. 

Já na bulimia a pessoa tem uma compulsão obsessiva de se alimentar, porém em seguida ela induz o vômito. Além disso, ela usa laxantes ou toma diuréticos. O paciente com bulimia faz jejuns por longos períodos e exercícios físicos de forma excessiva.  

Os sinais da bulimia podem ser: inflamação na garganta devido o vômito forçado, inchaço das glândulas salivares e problemas com a dentição. 

Como se pode perceber esses dois distúrbios alimentares são graves, sendo que a maior diferença entre eles dois está na maneira como eles se manifestam. Ou seja, anorexia se dá principalmente na forma de restrição alimentar e a bulimia, tem como característica a compulsão alimentar

As causas que levam alguém sofrer desses dois transtornos  podem ser devido estresse; abuso ou traumas na infância; imagem destorcida do próprio corpo; baixa autoestima; profissões que exijam boa  aparência; fatores genéticos,   ambientais e culturais e, entre outros, depressão ou ansiedade. 

Os transtornos alimentares afetam o comportamento do paciente desencadeando efeitos negativos à saúde física e mental prejudicando muito a  autoestima. Eles atingem mais mulheres e geralmente, essas doenças aparecem na adolescência. A cura dessas enfermidades pode ocorrer, porém aos primeiros sinais o paciente deve procurar um psiquiatra. 

 

Médica formada pela UFF 

Título em Medicina do Trabalho/ANANT 

Perita em Tráfego/ABRAMET 

Perita em Perícias Médicas/Fundação UNIMED 

Especialização em Educação em Saúde Pública/UNAERP 

Técnica de Segurança do Trabalho/SENAI-IEL 

CRM-RR 339 RQE 341 

Faça a transformação

Afonso Rodrigues de Oliveira

“Transforme seus momentos difíceis em oportunidades. Seja criativo, ou criativa, buscando alternativas e apresentando soluções ao invés de problemas. Veja o lado positivo das coisas e assim você tornará seu otimismo uma realidade”. (Aristóteles Onassis)

Só tomei conhecimento da história do Onassis já nos anos setentas do século passado, quando eu já trabalhava nos estaleiros, no Rio de Janeiro. Sempre o admirei como um dos maiores Armadores do mundo. O Estaleiro Mauá foi um dos grandes produtores de navios, para o Onassis. Mas vamos ao que nos interessa. As mensagens deixadas pelo Onassis, como orientações para o engrandecimento e o progresso são não só notáveis, mas orientadoras. Vamos seguir exemplos dos que foram grandes exemplos para o progresso da humanidade. Sejamos mais atenciosos nos exemplos que tivemos, e temos, de grandes empreendedores que marcaram a história, através de suas sabedorias.

Pouco ou nada importa o que fazemos em nossas vidas profissionais. O Swami Vivecananda também nos deixou essa orientação: “Não se mede o valor de um homem pela tarefa que ele executa, e sim pela maneira de ele executá-la”. Não importa o que você faz no seu trabalho, o que importa mesmo é como você faz no que faz. Não nos esqueçamos de que onde quer que estejamos, estamos sempre sendo observados. Não importa se é no trabalho, na fila do ônibus, ou na fila do banco. Há sempre alguém nos observando. E é nessas observações que mostramos o que realmente somos, sem saber que estamos sendo observados. E é aí que a jiripoca pia. Porque quando sabemos que estamos sendo observados, começamos a mostrar o que não somos.

Faz tempo que falei pra você, do exemplo daquele faxineiro. Ele foi, sem saber, indicado pelo Presidente da Empresa, para uma função melhor, por conta do seu comportamento no trabalho de faxineiro. E taí uma historiazinha importante que não foi lida em nenhum livro. Eu presenciei a atitude do Presidente da Coldex, em São Paulo, onde eu trabalhava. Eu estava na reunião onde o Presidente da Empresa indicou o faxineiro que nunca soube por que foi promovido, nem por quem. Já contei o caso pra você, por aqui, faz tempo. Mas o tenho como um dos exemplos importante a que já assisti, durante minha longa vida profissional. Exemplos tanto para o bem quanto para o mal.

Espelhemo-nos nos bons exemplos, sem os considerar absurdos. Nunca despreze o trabalho que você faz. O importante é que você o faça da melhor maneira que ele deve ser feito. E você pode fazer isso se se respeitar, reconhecendo-se como um ser humano a caminho da racionalidade. Pense nisso.

[email protected]

99121-1460