O ex-ministro Aldo Rebelo encantou – chegou a ser lançado à Presidência da República em 2026-, a plateia que compareceu a Assembleia Legislativa do Estado (ALE) para prestigiá-lo pela entrega do título de Cidadão Benemérito de Roraima, honraria concedida faz quase 20 anos por indicação do ex-deputado estadual Ionilson Sampaio. Com palavras duras, e uma visão pouco otimista sobre o futuro próximo da Amazônia por conta da postura de subserviência do atual governo federal às pressões internacionais sobre a exploração econômica da região, Aldo concitou os políticos e a sociedade local a reagir contra a política ambiental.
Com relação a Roraima, o ex-ministro afirmou que não se deve esperar que o atual governo federal venha se comprometer com o futuro econômico do estado. Ao contrário, há toda uma expectativa de que o foco central do atual governo federal vai está em questões indígenas e ambientais, utilizando-as como estratégia de isolamento do estado, especialmente na questão da infraestrutura viária e energética. Deu como exemplo, o abandono da restauração da BR-319 – que liga Manaus (AM) a Porto Velho (RO)-, e a falta de atenção às condições precárias da BR-174.
Aldo Rebelo disse que nem tudo está perdido, desde que a classe política, especialmente o governador do estado e os parlamentares estaduais e federais utilizem a força e a legitimidade de seus mandatos para exigir do governo Lula da Silva o respeito para com os interesses maiores de Roraima, que são o compromisso com o desenvolvimento econômico, respeitados os naturais cuidados com o meio ambiente e respeito à sua população indígena. Para o ex-ministro o problema é político e só os políticos têm instrumento para enfrenta-los. O diagnóstico é lúcido, mas será que temos políticos a altura de enfrentar esses desafios?
INÍCIO
A tão falada reforma administrativa no primeiro escalão do Governo Denárium teve início ontem de forma bem tímida, com direito a anúncio formal e objetivo da Secretaria de Comunicação. Conforme dissemos em dezembro, cá na Parabólica, o coronel Edison Prola deixou a Secretaria Estadual de Segurança Pública, que foi assumida por André Fernandes, até então secretário da Justiça e Cidadania.
FAVAS CONTADAS 1
Fontes da Coluna garantem que Prola deve deixar Roraima, em breve, por conta de um projeto pessoal em sua região natal. Ele era indicado da ex-deputada Shéridan de Oliveira (PSDB) no Governo. Já André Fernandes, que comandou ampla reforma no Sistema Penitenciário Estadual vinha enfrentando resistência interna de alguns servidores que se mobilizaram por sua saída via sindicato. Assume em seu lugar, o atual adjunto, Hércules Pereira.
FAVAS CONTADAS 2
Também a ida de Leila Perussolo, cunhada do governador para o Instituto de Educação de Roraima, no lugar de Elísia Martins, tinha sido pedra cantada por aqui. A acomodação teria sido pensada lá atrás, após a informação de que Leila assumiria a Secretaria de Educação no lugar do professor Nonato Mesquita, ter encontrado forte rejeição.
LIVROS 1
O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Bismark Azevedo, enviou e-mail ontem para a Parabólica sobre uma nota publicada na semana passada, informando a instauração de um procedimento preparatório do Ministério Público do Estado para apurar a aquisição de livros pelo Departamento de Trânsito de Roraima. Conforme ele, que é relator das contas do órgão, o processo teria sido suspenso.
LIVROS 2
Ainda segundo o conselheiro, a compra dos livros da coleção Trânsito e Mobilidade, que seriam utilizados para ações educacionais do órgão na rede pública de ensino, custariam R$ 6.999.974,40 aos cofres públicos. A decisão de suspensão, referendada pelo pleno do TCE, aponta ausência de ampla pesquisa de preço e falta de objetividade na seleção do objeto e de elementos que justificassem a contratação direta por inexigibilidade. Está registrado!
VELHO OESTE
Um morador da região do Baixo Rio Branco enviou mensagem para um jornalista da Folha afirmando que há um clima de “velho Oeste” por lá, por conta de invasores de terras oriundos do estado do Amazonas, e que contariam, segundo se fala ‘a boca pequena’, com o apoio irrestrito de um político local. De acordo com o denunciante, essas pessoas estariam aterrorizando donos de terras