Opinião

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Dar graças à Deus

O rei Davi é uma das lendárias figuras da bíblia com diferentes passagens memoráveis e lembradas até hoje por meio tanto do livro sagrado, quanto pela magistral escultura de Michelangelo Buonarroti. Davi foi quem venceu o gigante Golias e foi pai de Salomão, além de ser um dedicado dirigente que conseguiu unificar e prosperar o seu reino, bem como exímio e prolífico salmista. 

Pode-se destacar que o rei Davi foi um dos principais autores das canções e hinos de adoração a Deus. Praticamente metade dos salmos é de sua autoria. Louvar ao criador e sua bondade é parte da rotina dele: “Eu sempre darei graças a Deus”. Dar graças é agradecer, de ser contente, de saber dos vínculos, desejos e até mesmo obrigações do filho para com o seu Pai. Não é uma visão de pequenez, mas o contrário. É a liderança alicerçada no crescimento do universo. 

Por meio do alinhamento entre o indivíduo e as forças cósmicas, é possível adentrar em uma lógica de que o mundo conspira para quem faz e pratica o bem. Ao invés de remar contra a maré, de ir de encontro com a correnteza do bem, da beleza e da verdade que progridem e expandem rumo ao infinito. 

Quem dá graças a Deus toma para si a confiança e a responsabilidade que a existência é para ser aproveitada de forma justa e responsável. É essencial que a maturidade do filho venha para que o Pai possa repassar novas responsabilidades, tarefas e administrações. Mais do que o filho rebelde, o rebento responsável que agradece e faz do bem e do progresso sua linha de trabalho e vida.

Paulo Hayashi Jr. – Doutor em Administração. Professor e pesquisador da Unicamp. 

Cuidado com a hipocondria

Afonso Rodrigues de Oliveira

“Não viva para que sua presença seja notada, mas para que sua falta seja sentida”. (Bob Marley)

Não tente ser, seja. Não procure marcar sua presença, preocupado ou preocupada com a reação da outra pessoa. É na sua presença que você vai deixar a marca para o futuro. E ninguém vai se lembrar de você, no futuro, pela sua beleza artificial, mas pela sua simplicidade, sua honestidade e tudo mais que está em você. Seja sempre uma pessoa simples e acolhedora. E podemos estar acolhendo quando expressamos nossa sinceridade para com as outras pessoas.

A hipocondria é uma das coisas que mais incomodam numa conversa amigável. Logo, se você é hipocondríaco, cuidado com o que você irá passar para a outra pessoa, numa conversa do dia a dia. Mantenha seus males com você mesmo ou mesma. E o mais importante é que prestemos mais atenção ao nosso comportamento numa conversa por mais simples que ela seja. Mas não fique preocupado com isso, apenas cuide-se e procure se conhecer, para fazer parte do grupo social. Nada de preocupações, porque elas adoecem as pessoas. Nunca resolveremos um problema enquanto ficarmos concentrados nele. Nunca conseguiremos a solução, pensando no problema.

O médico Nuno Cobra conta, no seu livro, que certa vez, numa consulta, o paciente falou, falou, falou o tempo todo sobre males que o atormentavam. Quando ele parou de falar o Nuno Cobra falou:

– Meu amigo, você não tem doença nenhuma. O grande problema é que você não tem saúde.

Talvez, não sei, um dos maiores problemas dos médicos, sobretudo nos atendimentos públicos, seja realmente a dificuldade em atender os hipocondríacos. E como são muitos, a coisa rola. Se observarmos bem, descobriremos que muitas das pessoas que estão nas filas nos hospitais, nem sempre estão realmente doentes. E o maior problema é que mesmo assim não devemos deixar de atendê-las. O que importa mesmo é que os responsáveis pela saúde entendam o problema e procurem uma solução e não uma saída.

O que me trouxe a esse papo desagradável, hoje, foi uma conversa que ouvi, ontem, entre duas amigas sobre suas doenças. O papo foi longo e não saiu da rota da hipocondria. As duas estavam com dor aqui, dor aqui e aqui. Esforcei-me para não sorrir. Não por descaso, mas porque me lembrei e pensei que as duas estavam na idade do condor: com dor aqui, com dor aqui e com dor aqui. Mas reflita sobre isso. Somos todos indefesos. O que nos leva a aprendermos a nos defender dos nossos hábitos. E um deles pode ser a hipocondria. Não sei, mas ela pode ser considerada uma doença que só pode e deve ser curada por quem a tem. Pense nisso.

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