Opinião

Opiniao 15877

O batismo salva?

“Em Jesus  temos a redenção por meio de seu sangue, o perdão dos pecados, de acordo com as riquezas da graça de Deus” (Efésios 1:7)

O batismo não salva e tanto isso é verdade que o ladrão arrependido, o qual morreu do lado de Jesus, pregado também numa cruz, se salvou e ele não foi batizado. A salvação das almas, afirma Efésios 2: 8 e 9 é pela graça, mediante a fé em Jesus Cristo e não através de obras de qualquer tipo e nem mesmo pelo batismo. Como se pode perceber a Bíblia deixa isso muito claro, ou seja: batismo não salva. Assim sendo, qualquer interpretação que afirme que o batismo, ou qualquer outro ato, é necessário para a salvação, é uma justificativa equivocada.

É verdade que a Bíblia afirma que quem crê e for batizado será salvo, mas quem não crê será condenado” (Marcos 16:16). Se avaliarmos bem este versículo, veremos que é composto de duas afirmações básicas: aquele que crê e for batizado será salvo, e quem não crê será condenado. O ladrão na cruz creu em Jesus Cristo e foi salvo, mas ele não foi batizado. Portanto, os crentes que não foram batizados, mas creram na graça de Jesus antes de morrer, automaticamente são salvos. Então por que, entre outros, Moisés foi salvo? Porque ele já acreditava em Jesus Cristo nosso salvador.

Mas tem um detalhe: os salvos pela graça, mediante a fé em Jesus Cristo continuam sendo pecadores, todavia passam ser pecadores redimidos, ou seja, eles têm a mancha do pecado de Adão e Eva, porém quando pecam, imediatamente se arrependem. Então por que os salvos têm que se batizar? Os salvos têm que se batizar, porque o batismo é um testemunho público dentro do templo de que a pessoa de fato se converteu.  

É mais do que evidente, que alguém que não crê em Jesus Cristo, não recebe a graça da salvação. Sendo assim, chegamos à conclusão de que a fé é um requisito para a salvação e não o batismo. (Atos 16:31).

Ora, quem instituiu o batismo foi Jesus, sendo assim, todas as pessoas que morreram antes de Jesus não foram salvas? Então Adão, Abraão, Isac, Jacó, José do Egito, Davi, Josué e, entre outros, Moisés não foram salvos só por que não se batizaram? Eles foram salvos sim, porque eles já acreditavam que Jesus iria vir ao mundo.

Portanto, por toda a Bíblia, em cada período, pessoas foram salvas sem serem batizadas. Nenhum crente do Antigo Testamento foi batizado, apesar de ter sido salvo e o exemplo mais clássico é o do ladrão na cruz, o qual foi salvo, mas não foi batizado.

Marlene de Andrade

Médica formada pela UFF

Título em Medicina do Trabalho/ANANT

Perita em Tráfego/ABRAMET

Perita em Perícias Médicas/Fundação UNIMED

Especialização em Educação em Saúde Pública/UNAERP

Técnica de Segurança do Trabalho/SENAI-IEL

CRM-RR 339 RQE 341

PERSPECTIVAS DALINIANAS

Walber Aguiar*

Lá vinha ele, sob o olhar distante, retilíneas histórias, fatigadas retinas

Menino da terra do boi, do vasto Amazonas, talvez das Icamiabas, guerreiras que o teriam inspirado, sob a força da coragem e o desígnio da arte, do estético, da imaginação lavradiana, a correr pelos campos sem fim. Gente do surreal, do espírito Daliniano, da grandeza de pincelar a vida com gosto de desejo, sob a plasticidade do universo simples, subjetivamente delicioso.

Assim viveu Augusto. Soberanamente acompanhado de Edicilda, sua esposa, companheira de agruras, inspirações e pinceladas divinas, divinamente tocadas na tela do mundo, na moldura de um universo frio, mudo e assustador. Augusto, um César das cores e matizes, da linha torta dos igarapés, que choram todos os olhos do surrealismo, da subjetividade líquida, dos relevos que parecem tocar o céu e a copa dos buritizais.

Lá vinha ele, de repente, dando a entender que a vida ganha mais grandeza e significado quando tocada pelo traço simples, mudo, indecifrável. Quando carrega consigo a proposta da profundidade plástica, do longe e da miragem; que se desviam do mal rasteiro, da mediocridade que enfia dinheiro na cueca e manda o povo vender o voto e se corromper. Cada signo do que pintava dizia da dignidade, do autêntico, do lírico, da flor na boca carregada pelo poeta.

Lá vinha ele, sob a plasticidade de Macunaíma, o herói sem caráter, de Mário de Andrade; mas, sobretudo, revestido de toda a ética e profundidade de caráter, diametralmente oposto ao personagem da Amazônia, que transformava tudo em pedra, conforme suas pulsões e a variação de seu humor.

Cardoso carregava em si a profundidade dos vales, a resistência dos caimbés, a postura altaneira dos buritis. Daí o enigmático espírito daliniano em sua obra, que soube tão bem retratar o rosto de Deus no sobrenatural naturalidade do ser que sofre, busca, se descobre, enquanto caminha pelos lavrados de Roraima, pelo contato existencial com o verde que nos circunda. Pelas canoas carregadas de dores históricas e entusiasmos juvenis, das tribos que se perdem pelo caudaloso mar da fluvialidade.

E aquele que vinha, que nos aquecia o coração com sua arte, com sua beleza imanente e transcendente, um dia precisou ir. E lá se foi ele, com o coração carregado de saudade, deixando acervos magníficos e repletos de arquetipia. Há quem diga que ele, ainda hoje, é visto por aí, caminhando num lavrado de sonhos, sob a perspectiva daliniana, na hora em que o crepúsculo explode entre as palhas de fogo dos buritizais…

*Poeta, historiador, professor de filosofia, membro do Conselho de Cultura e membro da Academia Roraimense de Letras

E-mail: [email protected]

  

A mediocridade é uma prisão

Afonso Rodrigues de Oliveira

“As únicas correntes e grilhões que nos impedem de realizar os sonhos de nossas vidas são os que nós mesmos moldamos na fornalha da dúvida e martelamos na bigorna da falta de crença no que dizemos ou fazemos”. (Will Rogers)

A falta de crenças é um dos maiores grilhões que nos mantêm presos a nós mesmos. Uma prisão que nos mostra o quanto somos despreparados para a vida. Uma das maiores dificuldades é acreditarmos no nosso poder para vencer. E por isso vivemos a vida toda perdendo. A maior dificuldade em falar para alguém sobre as relações humanas, é nosso atraso no desenvolvimento racional. Estamos num processo de evolução e não evoluímos. Continuamos nos mantendo os grilhões, mantendo-os como prisões de nós mesmos.

Estamos sobre esta Terra há vinte e uma eternidades. E ainda não conseguimos evoluir o suficiente para sermos mais do que animais racionais. E tudo depende de cada um de nós. Precisamos nos conhecer para podermos nos dirigir nas veredas da racionalidade. As barbáries a que assistimos atualmente são apenas repetições das barbáries da idade da pedra. Nada mudou de lá para cá, e continuamos acreditando que estamos vivendo um mundo moderno. Vamos acordar e nos livrarmos das correntes que nos prendem ao passado, alimentados pela ilusão do modernismo.

A felicidade está dentro de nós. A dificuldade está em não acreditarmos em nós, e por isso não acreditarmos no poder que temos para sermos racionais e felizes. Mesmo porque não há felicidade sem racionalidade. Não passe nenhum dia sem se mirar no seu espelho interior. Veja-se, nele, o você que você realmente é. Porque no momento em que você se conhecer, você passará a ser feliz. Porque a superioridade está no seu conhecimento. E este vem da sua mente, na sua conversa com o seu subconsciente. Aprenda a conversar com ele. Mas nada de falatório. Fale com seu subconsciente através dos seus pensamentos. Nada de conversa negativa. Diga ao seu subconsciente apenas o que você quer, e nunca lhe diga o que você não quer.

Busque informações e conhecimentos sobre as Relações Humanas no Trabalho e na Família. Porque sem um bom relacionamento na família não há como haver um bom relacionamento no trabalho. Não importa o que você faz, o que importa é como você faz.

Você já conhece o pensamento do Swami Vivecananda: “Não se mede o valor de um homem pela tarefa que ele executa, e sim pela maneira de ele executá-la”. Pensamento para homens e mulheres. Somos todos iguais, e caminhamos pelas mesmas estradas da vida, na mesma direção da racionalidade. Procure a felicidade, hoje, em você mesmo ou mesma. Pense nisso.

[email protected]

99121-1460

** Os textos publicados nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião da FolhaBV