Bom dia,
Vivemos dias cada vez mais tenebrosos no Brasil. Decisões judiciais e comportamento de autoridades nacionais, estaduais e municipais trazem um ambiente onde fica difícil aos pais orientarem seus filhos quanto a valores éticos e morais que devem prevalecer para se ter uma vida minimamente decente, baseada em costumes cristãos, respeito à família e regras minimamente claras de convívio social.
Diariamente o que se vê, são decisões que transformam agentes públicos que combateram a corrupção institucionalizada no Brasil como vilãos, mesmo que seja preciso “arranjar” interpretações “abrangentes”, como no caso da cassação do mandato do deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos). Ele como se sabe foi o coordenador do Ministério Público Federal (MPF) na Operação Lava Jato. Nada mais claro: a operação vingança, como anunciado, está em curso.
E o assustador de tudo isso é o silencio conivente de lideranças civis e políticas que se dizem democráticas. Esquecem essas lideranças que o rumo de implantação de uma ditadura não tem retorno, e amanhã serão elas também vítimas. E será tarde para reagir. Por falar nisso, o governo federal vai colocar fiscais na rua para exigir que os postos de abastecimentos façam chegar ao consumidor à redução no preço dos combustíveis decorrente da mudança na política de preços da Petrobrás.
AMAZÔNIA
Lula da Silva (PT) está no Japão para participar da reunião do G-7, grupo de países que reúne as sete maiores economias do mundo. O Brasil ocupa hoje apenas a 12ª posição no contexto das economias planetárias. E por que o presidente brasileiro foi convida para o G-7? Para dizer que vai cuidar bem da Amazônia, como manda a cartilha do ambientalismo internacional. Ah! Sim, vai dizer também que seu governo acaba de negar licença ambiental para a Petrobras explorar petróleo perto da Foz do Amazonas.
TRANSPARÊNCIA
Conforme adiantamos ontem, cá na Coluna, a comissão especial externa que coordena a eleição para conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) não transmitiu a sabatina dos candidatos ao vivo, como costuma fazer em outras reuniões. Também não permitiu acesso da imprensa onde os deputados estiveram reunidos. O encontro foi restrito a deputados e pelo jeito vai ficar por isso mesmo.
ELEIÇÃO
Fonte da Parabólica informou que um grupo de deputados estaduais bem que tentou realizar a eleição para conselheiro já na manhã desta sexta-feira, 19, com o objetivo de tentar evitar ainda mais desgastes do Poder Legislativo, mas não se sabe por qual motivo a ideia “não colou”. A decisão será na segunda-feira, 22, às 10h, e conforme o comunicado oficial, a reunião plenária terá transmissão ao vivo pela TV Assembleia e redes sociais. E parece não adiantar muito, afinal, a votação será secreta.
PENHORADA
Dias atrás uma dessas “lendas urbanas” dava conta de que uma pessoa havia penhorado a casa onde mora com a família em troca de R$ 2 milhões para “realizar sua campanha” na eleição que vai escolher o novo conselheiro do TCE. A negociação teria contado com intermediação de um político com mandato, que agora anda angustiado por ter sido o fiador do dinheiro adiantado. E para que serviria tanto dinheiro, hein?
ATRAPALHOS
Ocorre que o negócio havia sido feito sob a ótica de outro cenário, com a promessa – agora aparentemente desfeita – de votos certos, e o dono da casa já teria adiantado que não vai honrar com o empréstimo. Nesses casos, conforme as regras, o fiador seria o dono da dívida e do problema com quem emprestou os recursos. Toda essa história, acreditem, é propagada e tratada com a maior normalidade em Roraima.
EMENDAS
Outra história ainda sobre esse verdadeiro imbróglio em torno da eleição do TCE diz respeito, pasmem, a transação de emendas parlamentares em troca de votos. Numa dessas lendas, fala-se em R$ 7 milhões em recursos públicos que teriam que ser destinados a várias atividades, sobretudo obras de infraestrutura. Com a palavra o relator das contas da Secretaria de Infraestrutura no TCE, o conselheiro Manoel Dantas.
DESISTÊNCIAS
Mais um boato que circula na rádio cipó envolvendo a eleição do TCE dá conta de que o deputado Coronel Chagas (PRTB) teria um “combinado”, para desistir da disputa. Embora pareça surreal que alguém realize todo o procedimento de formalização de uma candidatura, com o calhamaço de documentos exigidos, e sai de cena na véspera, o fato dele ser o líder do Governo na Assembleia, dá certa lógica ao falatório.
MATEMÁTICA
Ainda na esteira desse assunto do TCE, uma fonte da Parabólica comentou que, apesar de ter “fechado” com 20 dos 24 deputados estaduais para votar na primeira-dama, Simone Denarium, o governador deve cumprir mesmo com, no máximo, 14 deles. A lógica é simples e até matemático, segundo o informante. O novo conselheiro não precisa de todos esses votos, e o negociador, um empresário bastante conhecido nos bastidores da política e dos negócios locais, já conta com as possíveis traições oriundas da votação secreta. Feito o registro!