O empresário Luciano Caetano dos Santos, 38 anos, morador do bairro Caranã, zona Oeste, onde mantém com a família uma panificadora, fez dois registros na polícia de ocorrências de furto consecutivas em seu estabelecimento comercial. Nenhum dos dois casos teve solução e, nos últimos dias, foi vítima de assalto à mão armada enquanto atendia a clientela.
“Dois homens entraram. Um sentou à mesa e lanchou. Assim que terminou de comer, veio me pagar com uma nota de R$ 20,00. Quando eu abri o caixa para dar o troco, ele olhou, viu que tinha dinheiro e sentou novamente. Os dois conversaram alguns segundos”, frisou Luciano Caetano.
Certos de que tinha uma quantia razoável no caixa, fruto das vendas diárias, os bandidos deram o bote. “Depois de saber que tinha dinheiro, o outro assaltante chegou ao balcão e colocou a arma na minha cara. Eu pedi que ele baixasse porque meu filho estava presente. Eu tive que entregar tudo e pedi que não me matasse e que não fizesse mal algum ao meu filho que também estava por trás do balcão. Como vieram sem esconder o rosto, a gente sabe quem são eles, mas até hoje a polícia não prendeu ninguém”, salientou o empresário.
Ele reclamou da demora da polícia para atender as ocorrências e para fazer a perícia na panificadora. “A polícia nunca veio aqui me perguntar alguma coisa sobre os furtos e sobre o assalto. Não vieram fazer perícia. Eu não vou mais procurar porque sinto que estou perdendo tempo”, ressaltou.
Como já trabalha há quase 10 anos no comércio, enfatizou que todas as vezes que foi vítima da ação dos bandidos, as câmeras de segurança filmaram o momento dos furtos e, por este motivo, reconheceu os infratores. “Quem comete os furtos são pessoas que compram aqui. Eles observam o horário de funcionamento e conseguem destelhar a padaria, entram pelo forro, descem em cima de um freezer e entram para levar as coisas. E olha que tem a cerca elétrica”, acrescentou Luciano. (J.B)