A Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Femarh), em parceria com a Polícia Civil e Companhia Independente de Policiamento Ambiental (Cipa) da Polícia Militar, realizaram, na manhã desta terça-feira, após denúncias, o resgate de tartarugas em um barraco que fica na beira do rio, na área Caetano Filho, o Beiral, no Centro. O homem que mantinha os animais em cativeiro já estava preso, respondendo por outro crime.
O comandante da Cipa, major Ademildo Magalhães disse que a denúncia foi recebida pela Femarh e Polícia Civil. “Nós fomos lá só para resgatar as tartarugas. A ocorrência não era nossa, mas sim da Polícia Civil em decorrência de que o cidadão que morava no local foi preso por outro crime e a vizinhança denunciou que os animais estavam presos no quintal da casa dele”, relatou.
Depois de resgatadas, as tartarugas foram levadas à delegacia de polícia e encaminhadas ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que fará a devolução ao habitat natural.
Os animais foram encontrados nos fundos do quintal da casa e em estado de desidratação. A polícia faz alerta à população. “Não só as tartarugas, mas qualquer outro animal silvestre mantido em casa ou em cativeiro é crime, assim como capturar e transportar. Para que o animal silvestre esteja em ambientes domésticos, tem que ser autorizado”, explicou o major.
Caso os animais cheguem às residências, é preciso entrar em contato com a polícia por meio do número 190 para que as buscas sejam feitas. De acordo com a Cipa, a entrega voluntária desses animais aos órgãos ambientais não é crime. Mas, se houver a denúncia e a recusa na entrega, sendo flagrado, o responsável passa a responder pelo crime ambiental. “Se o animal estiver na lista de extinção, a multa é equivalente a R$5 mil e, pela parte criminal, de seis meses a um ano de prisão”, reforçou Magalhães. (J.B)