Política

Visita a Temer e ministros deverá dar resultados ainda este ano, diz Jalser

Conforme o presidente da Assembleia Legislativa, autoridades disseram que a questão energética do Estado tem que ser resolvida o mais rápido possível

Em entrevista à Folha, o presidente da Assembleia Legislativa de Roraima, deputado Jalser Renier (PSDC), fez uma avaliação da visita ao vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), e aos ministros das Minas e Energia, Eduardo Braga, e da Justiça, José Eduardo Cardozo, na quarta-feira, 18, em Brasília (DF). O objetivo era cobrar uma solução definitiva para a situação energética do Estado, principalmente a construção do Linhão de Tucuruí, que ligará Roraima ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

Além da maioria dos deputados estaduais de Roraima, fizeram parte da comitiva os senadores Ângela Portela (PT) e Romero Jucá (PMDB), os oito deputados federais da bancada federal, membros da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale) e do Parlamento Amazônico, deputados estaduais do Amazonas e uma deputada distrital, o secretário da Representação do Governo de Roraima em Brasília, ex-senador Mozarildo Cavalcanti, a prefeita de Boa Vista, Teresa Surita (PMDB), e vereadores da Câmara Municipal de Boa Vista. Representantes do Tribunal de Justiça, Ministério Público do Estado, Ministério Público de Contas, Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Roraima (OAB-RR) também participaram das reuniões.

“Acho que foi válida a posição das nossas instituições. Foi, sem dúvida nenhuma, um momento histórico para Roraima. Toda a classe política estava em Brasília imbuída no propósito que o problema do Linhão de Tucuruí seja resolvido”, destacou Renier. “O vice-presidente disse que a comitiva era um exemplo para o Brasil”.

O presidente da Assembleia afirmou que os primeiros resultados da ida da comitiva a Brasília deverão aparecer em breve. “Vamos dar um tempo de 30 dias e vamos ver quais os passos que serão dados pelo Governo Federal. Eles [vice-presidente e ministros] disseram que a questão energética do Estado tem que ser resolvida o mais rápido possível. Então eu entendo que 30 dias é o tempo necessário para que as coisas comecem a se movimentar”, frisou.

“Como isso será feito, eu não sei. Não sei se o Governo Federal entrará em contato com a Transnorte Energia SA [concessionária vencedora da licitação, formada pela Eletronorte e Alupar] para repactuar o contrato. Mas seja qual for a saída, deve ser encontrada o mais rapidamente possível porque ficou claro que a corda não pode mais ser esticada”, opinou Jalser Renier.

Ainda de acordo com o parlamentar, o posicionamento do vice-presidente Michel Temer foi muito claro no sentido de ajudar a resolver a questão energética do Estado. “De imediato, ele quis ser o advogado da nossa causa. Entender aquela união como histórica. Até então, enquanto vice-presidente da República, ele ainda não tinha recebido uma delegação tão forte em nome de uma causa como ele recebeu a de Roraima. Ali estava praticamente todo o staff de Roraima. Ele ficou extremamente envaidecido e empolgado no sentido de resolver essa questão definitivamente”, comentou sobre a primeira reunião da quarta-feira.

Em seguida, foi realizada a audiência com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a quem a Fundação Nacional do Índio (Funai) é subordinada. “Essa reunião foi um pouco mais leve. O ministro foi extremamente político, não foi austero em colocar a Funai no lugar dela. Na opinião dele, a corda não tem mais como ser esticada. Ele tem a mais absoluta convicção de que esse problema tem que ser resolvido definitivamente”, disse.

O último compromisso do dia foi com o ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga, que entregou um relatório com o resumo das ações que o Ministério tem adotado desde janeiro, no sentido de resolver a questão e seguir com a obra de interligação de Roraima ao SIN. “Braga deixou bem claro sua posição e até designou servidores do MME para virem a Roraima na próxima semana para avaliarem a questão do parque térmico por conta dos constantes apagões. Ele deixou claro que, se necessário for, aumentará a capacidade para que o Estado não sofra mais”, destacou. (V.V)