Cotidiano

Segunda dose da vacina contra HPV está disponível nos postos de saúde

A segunda dose da vacina contra o papilomavírus humano, mais conhecido como HPV, que previne o câncer do colo do útero, está disponível em todos os postos de saúde da Capital e do interior. O público alvo da campanha são meninas de 9 a 13 anos. Todas que tomaram a primeira dose, em março deste ano, devem ser vacinadas novamente.
De acordo com o gerente do Núcleo Estadual do Programa Nacional de Imunização (NEPNI), Rodrigo Zagury, a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde para a segunda etapa da campanha é vacinar até 95% do público alvo. “Até o momento, atingimos cerca de 16% da meta, mas acredito que até o final da campanha ela será cumprida”, disse.
A respeito das reações adversas que a vacina possa apresentar, Zagury afirmou: “Não há motivo de preocupação. A vacina contra o HPV já foi testada e vem sendo utilizada há muito tempo em diversos países. Não há relatos de efeitos adversos em Boa Vista. A vacina é uma importante fonte de proteção dessas meninas contra o câncer de colo de útero, que é o segundo câncer de maior incidência entre as mulheres”, frisou.
Segundo Zagury, os casos de reação adversas apresentadas em São Paulo podem ser reação emocional e não física. “Tem a ver com essa preocupação, com o medo de que essa injeção possa doer. A própria OMS já define esse termo ‘reação de ansiedade após imunização’”, declarou.
O vírus é altamente contagioso, sendo possível contaminar-se com uma única exposição. A transmissão acontece por contato direto com a pele ou mucosa infectada. A principal forma é pelo contato sexual, mas também pode ser transmitida de mãe para filho durante o parto. Embora seja raro, o vírus pode propagar-se também por contato com a mão.
Zagury destacou que a vacina está disponível em qualquer período do ano nos postos de saúde. “Quem não tomou a primeira dose pode procurar um posto a qualquer momento. Mas vale ressaltar que é importante que seja aplicada a segunda dose seis meses após a primeira e, a terceira, cinco anos após a segunda, para garantir a eficácia da vacina”, disse.
CÂNCER  – A principal característica é o crescimento anormal de células na região uterina. Essas alterações são ocasionadas por alguns tipos de HPV. “Para prevenir a doença, é preciso vacinar as adolescentes e seguir fazendo o exame preventivo na vida adulta. Além, é claro, do uso do preservativo quando iniciada a vida sexual”, disse Zagury. Estudos mostram que a vacina tem maior eficácia se for administrada em adolescentes que ainda não foram expostas ao vírus, pois nesta idade há maior produção de anticorpos contra o HPV que estão incluídas nesta vacina. (I.S)