Cotidiano

Drogarias e farmácias voltam a operar em regime de plantão

Após notificação feita pela Delegacia de Defesa do Consumidor (Ddcon), as drogarias e farmácias da Capital voltaram a operar no regime de plantões 24 horas conforme o que determina a Lei Municipal nº 529/2000. De acordo com a Ddcon, a norma vinha sendo descumprida desde agosto deste ano.

Após verificar que o horário estabelecido não estava sendo respeitado, a delegacia notificou a questão junto ao Sindicato do Comércio da Indústria Farmacêutica do Estado de Roraima (Sindifarma) e à Vigilância Sanitária Municipal quanto ao cumprimento da lei, além de comunicar o caso à Promotoria de Defesa do Consumidor do Ministério Público de Roraima (MPRR).

“Em setembro deste ano, a Ddcon nos informou que algumas drogarias da Capital não estavam cumprindo o regime de plantão noturno, mas o que ocorreu, na realidade, é que tínhamos, até então, dois estabelecimentos que atuavam no regime de 24 horas, mas essas duas fecharam as portas e não comunicaram ao sindicato. Ou seja, até então achávamos que elas estavam operando no referido horário”, explicou o presidente do Sindifarma, José Costa.

Ele ressaltou que, após a notificação do Ddcon, o sindicato realizou uma verificação junto às farmácias e drogarias para saber a real situação de funcionamento dos estabelecimentos e que, desde outubro, todos eles vêm cumprindo o que determina a lei.

“Quando fomos oficialmente comunicados sobre essa questão, fizemos uma verificação em todas as drogarias que fazem parte do sindicato e oficializamos que estaríamos retomando todos os plantões de 24 horas, já que, segundo a notificação, muitas estariam atendendo somente até as 21 horas. Então, desde outubro, todos os estabelecimentos farmacêuticos da Capital já voltaram a operar no horário que determina a Lei 529/00. Ou seja, todas estão funcionando em escalas de plantão de revezamento, sendo que, de segunda a sábado, funcionam a partir das 21 horas até as 07 horas do dia seguinte. Aos domingos, o horário é das 07 horas às 7 horas da segunda-feira”, destacou.

Segundo o presidente do Sindifarma, a Capital dispõe de 110 estabelecimentos do ramo de farmácias e drogarias. Tidas com alvos visados pela criminalidade, ele explicou que todas adotaram mecanismos alternativos para assegurar o atendimento à população.

“A partir das 21 horas, as drogarias fecham suas portas, mas há uma campainha com uma janela, onde o atendimento é realizado normalmente. Essa é uma medida que tomamos para preservar os funcionários dos estabelecimentos, já que nós não temos segurança. É uma maneira de você manter o funcionamento durante toda a noite e não correr o risco de assalto, e não vai deixar de atender ao consumidor porque são atendimentos esporádicos”, frisou.  

INSEGURANÇA – Questionado sobre a atuação da segurança pública no combate às ocorrências de roubos no setor, Costa admite que muitos empresários se sentem reféns da crescente onda de criminalidade que vem tomando conta da Capital. Para ele, as polícias precisam se empenhar mais para oferecer maior sensação de segurança não só para a classe empresarial, bem como para a população em geral.

“Constantemente, quando ocorrem os assaltos, nós fazemos o comunicado à polícia, inclusive eu já tive o meu estabelecimento assaltado umas cinco vezes, e é muito comum ocorrer assaltos durante a noite, e até mesmo de dia. Então, não há um horário específico para que esse tipo de ocorrência aconteça, o fato é que não temos policiamento para inibir isso”, comentou.

“Você vai às ruas e não vê policial, e isso é muito difícil para os empresários de uma forma em geral. A grande maioria se sente incapacitada de prestar um atendimento melhor para a população em um horário mais esticado justamente pela falta de segurança. Além de ser um custo muito alto para a empresa, no que diz respeito à contratação de segurança particular. Fora o fato de não se poder fazer segurança armada, ainda temos esse problema da falta de policiais nas ruas.

O que realmente dá para fazer é segurança paliativa, como investir em circuito de câmeras, mas, infelizmente, isso não inibe nenhum pouco as ocorrências de assaltos”, complementou. (M.L)