Polícia

PF e CGU deflagram operação no Cantá por irregularidades em licitações

Segundo a PF, o objetivo da ação é desarticular uma organização criminosa que atuava na Prefeitura do município

Na manhã desta segunda-feira, 30, a Polícia Federal em Roraima (PFRR), em conjunto com a Controladoria Geral da União (CGU), deflagrou a Operação Libertatem, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que atuava na Prefeitura Municipal de Cantá, município a cerca de 30 quilômetros da Capital.
 
Serão cumpridos 11 Mandados de Busca e Apreensão, sete Mandados de Condução Coercitiva e três Mandados de Afastamento de cargo público, determinados pela Justiça Federal após representação do Delegado de Polícia Federal. A ação ocorre em Cantá e em Boa Vista.

INVESTIGAÇÃO
 
Segundo a PFRR, a investigação da unidade em inquérito policial e a fiscalização da CGU indicaram a existência de corrupção endêmica no município após a verificação de fortes indícios de montagem de processos de licitação, conluio entre licitantes, pagamentos indevidos por serviços executados a menor ou não executados e produtos não entregues, o que não seria possível sem o envolvimento de servidores públicos e empresários. “Há suspeita que grande parte das fraudes estava sendo cometida por um grupo autodenominado ‘Cúpula'”, diz trecho da nota encaminhado pela PF.
 
Os investigados conduzidos coercitivamente estão sendo interrogados e indiciados na Polícia Federal por crimes previstos na lei 8.666/93, que institui normas para licitações e contratos da Administração Pública. São investigados ainda crimes de peculato e organização criminosa.
 
Logo mais, às 10h30, os representantes da Polícia Federal e da Controladoria Geral da União darão mais detalhes sobre o caso.

LIBERTATEM
           
O nome Libertatem remete ao termo liberdade em latim, em relação à cessação da submissão da população do município de Cantá à organização criminosa investigada.

Com informações da PF