Na véspera do dia 1º de dezembro, Dia Mundial de Luta contra a Aids, os dados sobre a doença no estado são preocupantes. Até hoje, dia 30, foram notificados 411 novos casos da doença, conforme dados do Sinan-net (Sistema Nacional de Agravos e Notificação). Em 2014, esse total foi de 197.
A gerente do Núcleo Estadual de Controle de DST/HIV/AIDS, Alexandrita Souto Maior, explicou que além do tratamento, o Estado é responsável por capacitar, supervisionar e monitorar os municípios, que por sua vez são responsáveis por promover as ações de prevenção à doença.
O núcleo estadual repassa aos municípios sistematicamente, preservativos masculinos, femininos e lubrificantes, que são encaminhados pelo MS (Ministério da Saúde).
“A principal forma de prevenção é usar a camisinha em todas as relações sexuais”, destacou a gerente, esclarecendo ainda que existem outras formas importantes de prevenção contra a doença, como: utilizar seringas e agulhas descartáveis; usar luvas para manipulação de feridas ou líquidos corporais. “É importante também seguir o tratamento da Aids durante a gravidez para evitar a contaminação do bebê; nestes casos, a amamentação não é recomendada devido ao risco de transmissão para a criança”.
Ter um diagnóstico positivo do HIV precocemente permite que o paciente comece o seu tratamento no momento certo e tenha uma melhor qualidade de vida.
Além disso, mães soropositivas podem aumentar suas chances de terem filhos sem o HIV, se forem orientadas corretamente e seguirem o tratamento recomendado durante o pré-natal, parto e pós-parto.
Os testes para detectar o vírus HIV são realizados no SUS (Sistema Único de Saúde) de maneira sigilosa e gratuita no (Centros de Testagem e Aconselhamento), que são unidades da rede pública. Laboratórios da rede particular também realizam estes testes.
Ao receberem o resultado, os pacientes passam por um processo de aconselhamento, feito de forma cuidadosa, com o objetivo de facilitar a interpretação do resultado pelo paciente.
O acompanhamento das pessoas que são sorologicamente positivas para o HIV e pessoas que vivem com Aids em Roraima é feito no SAE (Serviço Ambulatorial Especializado), que funciona nas dependências do HCM (Hospital Coronel Mota).
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Lá os usuários são acolhidos por uma equipe de multiprofissionais como: Assistente Social, Psicólogo, Enfermeiro, Clínico Geral, Infectologista, Pediatra, Farmacêutico e Técnico em Enfermagem.
Os pacientes passam a ser atendidos regularmente pela equipe do serviço, recebendo todas as orientações pertinentes a sua atual situação e como viver bem a partir do diagnóstico. Os portadores recebem seus medicamentos na farmácia que funciona no mesmo espaço.
DADOS
Os homens continuam sendo a maioria dentro do público soropositivos para HIV. Foram 267 casos entre homens (65%) e 144 entre mulheres (35%).
Os dados mostram que das mulheres infectadas, 63 estavam gestantes.
A faixa etária em que mais prevalecem os casos são idades de 20 a 29 anos, que concentra 36% (151) dos casos detectados neste ano; em seguida, vem a faixa de 30 a 39 anos, com 113 casos (27%).
Quanto à sexualidade, 256 casos foram detectados entre heterossexuais; 73 entre homossexuais e 32 entre pessoas bissexuais.
Com informações da Secom-RR
