Política

Parecer da AGU sobre processos do ex-território ainda não foi emitido

A Câmara que analisa os requerimentos de Roraima está há mais de três meses aguardando um posicionamento da AGU para retomar os julgamentos

Apesar da análise de 20 requerimentos de Roraima, na semana passada, pela 2ª Câmara de Julgamento da Comissão Especial dos Ex-Territórios de Rondônia, Amapá e Roraima (Ceext) do Ministério do Planejamento, a retomada para julgar a maioria dos processos do ex-território continua suspensa, aguardando o parecer da Advocacia Geral da União (AGU).

O Ministério do Planejamento informou hoje (1º), por meio da assessoria da comunicação, que a situação vai continuar inalterada até que receba o posicionamento da AGU, em resposta aos questionamentos feitos pelos membros da 2ª Câmara.

“Até a presente data, somente os requerimentos apresentados por servidores municipais foram julgados, tendo em vista que referidos processos não dependem do parecer da AGU”, explicou em nota o Ministério do Planejamento. Questionada se essa semana teria outra reunião da 2ª Câmara, a assessoria assegurou que “na medida em que forem localizados outros processos de servidores municipais poderão ser deliberados pela 2ª Câmara de Julgamento”.

Até agora nenhum órgão informou qual foi a análise solicitada. Mas de acordo com fontes consultadas pela Folha, a Câmara Técnica estaria aguardando um parecer da AGU quanto à legalidade do enquadramento de ex-servidores que não estão mais no serviço público. Porém, na Emenda Constitucional 79, trata apenas de servidores que trabalharam no período de 5 de outubro de 1988 a 4 de outubro de 1993.

A AGU havia informado, no mês passado, que o parecer para o Ministério do Planejamento iria ser concluído ainda em novembro. No entanto, ontem (30) a assessoria de comunicação do órgão se limitou a informar que “a elaboração do referido parecer está a cargo da Consultoria-Geral da União, órgão da AGU”, e que “deverá ser concluída em breve”.

A análise dos processos referentes ao ex-território de Roraima foi suspensa no início do mês de agosto. Até agora, pouco menos que 200 requerimentos do estado passaram por julgamento. Por outro lado, a 3ª Câmara, que julga os processos do Amapá, já realizou 10 reuniões e analisou um total de 709 requerimentos. Já a 1ª Câmara, que trata do ex-território de Rondônia, soma um total de 36 reuniões realizadas e quase 5.100 processos julgados.