Geneticamente modificada, a espécie de galo Índio Gigante é uma novidade para o agricultor roraimense. As aves, que podem alcançar um metro e vinte de altura e pesar até oito quilos, estiveram expostas na Exposição Feira Agropecuária de Roraima (Expoferr) 2015. O objetivo era chamar atenção do agricultor familiar, que cria ou pretende criar frangos caipiras, para que ele obtenha uma renda maior por animal.
O custo de produção de um galo gigante não acompanha seu tamanho avantajado. Isso porque são gastos cerca de R$ 50 por ave, desde o nascimento até os quatro meses de idade. “A raça é genuinamente brasileira e promove mais condições de renda que o [galo] caipira, principalmente para os produtores rurais. Ele é rústico e excelente para ser criado em sítios e fazendas, por que tem uma capacidade de adaptação muito grande. Além disso, a carne dele é extremamente saborosa e vem ganhando mercado”, explicou o diretor local da Associação Brasileira dos Criadores de Índios Gigantes, Osmar Gomes.
Ele explicou que a manutenção dessa ave gigante também não demanda planejamentos complexos. “A infraestrutura é simples, pois as aves são rústicas. Qualquer pessoa poderá iniciar a criação do galo gigante utilizando instalações subutilizadas do seu sítio ou propriedade rural”, disse Gomes.
As aves medem aproximadamente um metro de altura, da ponta da unha do dedo maior à ponta do bico. Aos 130 dias, estão prontas para o abate, com peso vivo médio que vai de 2,5 quilos (fêmeas) a 3 quilos (machos).
De acordo com o presidente da Associação dos Criadores do Índio Gigante em Roraima, Antônio de Matos Neto, existem várias maneiras para trabalhar a criação do Índio Gigante. “Essas aves servem para melhoramento genético, podem ser cruzadas com qualquer galinha que os animais nascerão melhorados. Também serve para ser um animal ornamental, pois é um animal bonito e grande. Fora que também serve para corte, ou seja, o produtor pode criar para ser vender no comércio, que irá render muito mais, pois ele [galo gigante] produz mais carne que o caipira normal e, também, é bem saborosa”, frisou Neto.
Em todo o País, a ave ganhou o mercado durante a última década. Em Roraima, este trabalho vem ocorrendo há um ano e mais de 22 agricultores locais já são adeptos da reprodução por melhoramento genético com o animal. “Nós compramos várias matrizes e começamos a criar e fazer a reprodução dele. Em menos de um ano, a nossa produção já chamou atenção dos outros estados brasileiros que já nos procuram interessados em comprar pintos, ovos e até adultos do índio Gigante”, revelou Neto. (J.L)