Manifestantes protestam contra impeachment

Cerca de 100 pessoas ligadas a movimentos sociais, sindicatos e ao Partido dos Trabalhadores (PT) realizaram uma manifestação, na tarde de ontem, na Praça do Centro Cívico, em protesto ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, autorizado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e também pela cassação do próprio Cunha, investigado na Operação Lava Jato.

As entidades que organizaram o evento informaram que o protesto foi denominado “Não haverá golpe”. Algumas faixas com dizeres em defesa de Dilma e da democracia foram usadas pelos manifestantes, que distribuíram panfletos e balançavam bandeiras do PT, no semáforo localizado na frente da Assembleia Legislativa.

“Roraima não pode deixar de demonstrar apoio a presidente Dilma. Esse impeachment é golpe, não tem base legal. A presidente Dilma não cometeu crime de responsabilidade. Ela deve cumprir o mandato que 54 milhões de votos lhe deram”, disse o presidente da União Jovem Socialista (UJS), Darlan Barbosa.

Ele frisou que o impeachment seria um retrocesso. “Essa gente quer voltar a impor um programa unilateral. O plano deles, desde já, gera recessão e desemprego por prolongar a paralisia derivada da crise política. Isso divide o País em dois grupos, os democratas e os golpistas”, declarou.

Os organizadores do protesto estimaram que houve a participação de cerca de 100 pessoas. A Polícia Militar não estava no local para fazer a estimativa de pessoas.

A manifestação em favor da presidente Dilma ocorreu em várias cidades do Brasil. No total, em 24 estados aconteceram atos semelhantes. A organização em favor do governo do PT é uma resposta ao protesto realizado no domingo, também em todo o País, denominado “Pró-Impeachment”. (I.S)