Política

Telmário Mota critica a possível entrada de Jucá no Governo Dilma

Senador do PDT afirma que Jucá não teria respaldo para se aliar ao governo depois de severas críticas à administração federal

A articulação no Senado Federal para possível entrada do senador Romero Jucá (PMDB) na base aliada do governo Dilma (PT) tem provocado desconforto entre os integrantes do PDT, atual aliado do Governo Federal.

Em entrevista à Folha, o senador Telmário Mota, vice-líder do governo no Senado, disse que seu partido deixaria a base aliada se isso acontecer.

“Se Jucá assumir qualquer cargo relevante dentro da estrutura do governo, o PDT vai sair da base aliada, pois acreditamos na presidente Dilma como pessoa ilibada, que quer dar uma nova visão administrativa ao País. Esse senador critica o governo, foi a favor do impeachment e critica abertamente a política econômica governamental. Precisamos avançar nas conquistas e não manter interesses de grupos conservadores”, disse.

Mota esclareceu que os indicados para pastas, como a do Planejamento e a da Fazenda, precisam estar com trajetória sem nenhum tipo de mancha. “Romero é investigado em diversas ações e não pode integrar pastas essenciais para a estrutura do Governo Federal. Ele estar no Planejamento ou na Finanças seria o mesmo que entregar o galinheiro para a raposa, como diz o ditado popular”, criticou.

O CASO – A bancada do PMDB no Senado articula a destituição do presidente nacional do partido, Michel Temer, na convenção de março de 2016. A expectativa da ala contrária é substituir Temer por Romero Jucá, que também foi cotado esta semana para assumir o Ministério do Planejamento.

OUTRO LADO – Procurada pela Folha, a assessoria de imprensa do senador Romero Jucá informou que “as notícias sobre o senador ocupar o cargo de ministro da Fazenda ou Planejamento não passavam de especulações”. Sobre os comentários do senador Telmário Mota, a assessoria informou que não iria se pronunciar.