Há mais de um mês do triplo homicídio e uma tentativa de homicídio, o Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR) denunciou o policial militar, Felipe Gabriel Martins Quadros, acusado dos crimes ocorridos no dia 9 de novembro deste ano. Além de assassinar a tiro três pessoas, ele tentou matar uma quarta vítima.
De acordo com o MP, o policial executou pai e filha, Eliézio Oliveira e Jannyele Filgueira, em frente à residência das vítimas, na Rua dos Hibiscos, no bairro Pricumã, zona Oeste, às 6h50, conforme as imagens do circuito externo registraram. Na ocasião, o policial usava pistola e colete à prova de balas pertencentes à Polícia Militar.
Consta na denúncia, protocolada pela Promotoria de Justiça, com atuação junto ao Tribunal do Júri, que o acusado aguardou a saída das vítimas da residência para então executá-las. Toda a ação foi gravada por câmeras de segurança do local. Para o Ministério Público, os crimes foram premeditados, mediante emboscada e por motivo fútil.
O policial Felipe Quadros não aceitava o fim do relacionamento com a ex-namorada que mantinha relação de amizade com as vítimas. Após a execução das duas primeiras vítimas, ele foi até o bairro Caimbé, na zona Oeste, e também executou o empresário Ernane Rodrigues, que morreu em frente à própria casa, na Rua Ruth Pinheiro.
“Mais uma vez o denunciado agiu com requinte de crueldade ao disparar vários tiros sem que a vítima pudesse se defender”, relata o promotor de justiça substituto e autor da denúncia, André Nova. Segundo ele, o denunciado cometeu o crime impulsionado por vingança. “A vítima havia ameaçado processar Felipe Quadros devido à recusa do policial militar em pagar pelos danos causados por ele a um carro que pertencia à locadora de automóveis do empresário. A desavença gerou o sentimento de ódio contra a vítima”, ressaltou.
O denunciado ainda disparou tiros contra o vizinho do empresário, que tentou intervir na execução da vítima. Felipe Gabriel Martins Quadros responderá por homicídio qualificado previsto no artigo 121 do Código Penal Brasileiro (CPB) e, ainda, por tentativa de homicídio. Ele será julgado pelo Tribunal do Júri, caso a Justiça acolha o pedido do MPRR. (J.B)