Cotidiano

Roraimenses são maioria da população

Em 2004, pessoas nativas de Roraima era de apenas 49,7% da população, mas hoje os roraimenses representam 54,8%

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2013, que destaca a composição e mobilidade populacional no Brasil, mostra que o Estado de Roraima cresceu 71% na população em dez anos. Segundo o sociólogo Vicente Joaquim, técnico do Instituo Brasileiro de Geografia e Estatísticas de Roraima (IBGE), em 2003 a população estimada de Roraima era de 286 mil pessoas. Em 2014, a estimativa populacional é de 496 mil. “É considerada uma taxa alta de crescimento, mas ainda inferior às taxas observadas nas décadas anteriores, em especial quando da época da ocupação do espaço em Roraima”, disse. 
Outro ponto destacado pelo sociólogo é quanto à composição da população do Estado, que caiu os números de migrantes e aumentou significativamente o de pessoas nascidas em Roraima. Ele ressaltou que as amostragens são baseadas na estimativa populacional feita para 2013, quando o Estado de Roraima apontou 491 mil habitantes. “Todos os dados divulgados na PNAD de 2013 estão como referência os 491 mil habitantes”, disse.
Os números de 2012 apontavam que as pessoas naturais de Roraima representavam 55,7% e, em 2013, esse percentual passou para 54,8%. Mas em comparação a 2004 esse número era de apenas 49,7%. “A composição de nossa população nascida em Roraima está crescendo a cada ano que passa. Isso comprova a queda de migração que hoje está menor que em décadas passadas”, frisou.
Roraima ainda está inserido entre os três estados em que mais atraem migrantes, ficando Amapá em primeiro, Roraima em segundo e Tocantins em terceiro. Os censos populacionais de 2010 e o de 2014 mostram que houve incremento de mais de 45 mil pessoas no Estado. Sendo que, destes, pouco mais de 30 mil ficaram na Capital e o restante foi para o interior.
“Essa posição mostra que o polo de tração é a Capital, enquanto que em outras décadas a atração era de assentamentos rurais, embora que posteriormente parte dessas pessoas migrasse para os centros urbanos”, afirmou.(R.R)