Cotidiano

Proposta de corte no orçamento pode levar 7,3 mil famílias de volta à miséria em RR

O número representa 15,8% do total de 46,2 mil famílias no Estado que recebem o benefício

A Secretaria Nacional de Renda de Cidadania do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) produziu um estudo para avaliar o impacto da proposta do relator do orçamento de 2016, deputado federal Ricardo Barros (PP/PR), de cortar em R$ 10 bilhões o orçamento do Bolsa Família para o ano que vem, caso seja aprovada pelo Congresso.

O impacto foi medido considerando que pessoas com renda maior sairiam do programa de transferência de renda, que paga R$ 167 em média às famílias beneficiárias. Se for aprovado, o corte no programa social pode levar 7,3 mil famílias de volta à miséria total em Roraima. O número representa 15,8% do total de 46,2 mil famílias no Estado que recebem o benefício.

Conforme o estudo, 79.885 dos 174.518 atuais beneficiários roraimenses sairiam do Bolsa Família como resultado de um corte de R$ 10 bi no orçamento do Programa. Ou seja, pouco mais de 45% dos que dependentes no Estado deixariam de receber o benefício.

O levantamento revelou também que 21.877 famílias em Roraima sairiam do programa e 26.483 mil entrariam na linha de extrema pobreza com o corte. Desses, de acordo com a pesquisa, 14.120 seriam crianças e adolescentes entre 0 e 17 anos, 12.021 adultos, e 342 com 60 anos ou mais de idade.

NACIONAL- No Brasil, são 47.863.175 pessoas atendidas pelo programa, das quais 23.210.991 teriam de sair. Das famílias beneficiárias, 2.518.300 voltaram para a miséria, e 7.979.750 pessoas – entre elas, 3.757.630 crianças e adolescentes.

Têm direito ao benefício famílias com renda até R$ 154 mensais per capita. São consideradas extremamente pobres as famílias com renda per capita até R$ 77 mensais. Os valores correspondem aos parâmetros da ONU.