O Partido Democrático Trabalhista de Roraima (PDT-RR) realizou na manhã de sábado, 19, no plenário Câmara Municipal dos Vereadores de Boa Vista (CMBV), a convenção estadual para a eleição da mesa diretora do diretório estadual do partido. O evento contou com a presença do ex-ministro da Fazenda do governo Itamar Franco e também ex-ministro da Integração Nacional do governo Lula, Ciro Gomes, que veio representando o Diretório Nacional do PDT.
Pela primeira vez em Roraima, o ex-ministro concedeu uma coletiva à imprensa local. Na oportunidade, ele falou sobre uma possível pré-candidatura à Presidência da República nas Eleições Gerais de 2018. Ele alegou que o País passa por uma profunda crise de valores e conduta, e afirmou ter aderido à luta partidária que pretende chamar as classes sociais para reestruturar o Brasil.
“Me lancei nessa tarefa com o meu partido, para chamar a atenção do povo brasileiro para dois fatores: o primeiro que é proteger a nossa democracia que é muito novinha e o segundo que é suplicar e reivindicar que o governo volte a negociar com os valores e grupos sociais que lhe deram a vitória. Se disso vai derivar ou não uma candidatura minha à presidência, eu teria muita honra em levantar essa bandeira”, considerou.
Ciro disse ainda que a crise do governo não é motivo para que haja golpe e destruição do sistema democrático. “O governo hoje perdeu popularidade, a presidente Dilma [Rousseff] enfrenta queixas generalizadas do povo brasileiro porque há muitas contradições em todos os campos de seu governo. Mas remédio para governo que a gente não gosta, remédio para governo ruim não é interromper a democracia como esses golpistas vêm articulando”, enfatizou o ex-ministro.
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Em Roraima, a convite do senador Telmário Mota (PDT), Ciro Gomes destacou ainda que o partido tem o papel de chamar a população para rever valores e articular um futuro melhor para o País. “A democracia e a normalidade democrática estão sob grave risco por uma escalada golpista feita por uma fração de políticos que fazem parte do ‘baronado brasileiro’. Isso culmina em militância. Vamos movimentar as bases e discutir um futuro concreto para o Brasil”, frisou.
Após a coletiva, o ministro participou da eleição partidária da convenção. Com o auditório da CMBV lotado de líderes sociais, o resultado elegeu presidente do partido em âmbito estadual, o senador Telmário Mota, além de Namis Levino como vice-presidente e Aniceto Wanderley como primeiro secretário.
Telmário Mota considerou o resultado como democrático. “Respeitando a democracia, o partido, mais uma vez, elege seu diretório e sua executiva de acordo com a vontade da maioria dos filiados. Isso dá legitimidade ao partido e estimula o diretório, dando segurança de que o partido não sofrerá intervenção”, disse.
Ele destacou que convenção do partido foi uma demonstração de seriedade e dedicação que o PDT tem com a população. “Agora nós vamos valorizar a prata da casa. Ano que vem já são eleições municipais e, onde nós tivermos candidatos aptos a disputar prefeitura, vamos disputar, independente se compõe base com o governo ou não”, adiantou o senador sobre as ações do partido para o próximo ano. (J.L)
