Que uma boa alimentação é fundamental para a saúde e para o bom funcionamento do nosso corpo e da nossa mente todos já sabem. Mas muitas vezes esse cuidado com a alimentação acaba sendo deixado de lado, seja pela correria do dia a dia ou, em caso mais graves, pelos transtornos alimentares. O que muita gente não sabe é que os transtornos alimentares, muitas vezes despercebidos, podem dificultar o bom desempenho do organismo, entre elas o bom funcionamento do cérebro.
A nutricionista Patrícia Cruz explica que cada alimento possui um papel fundamental. “Uma alimentação saudável e equilibrada está relacionada a uma boa saúde física e mental. Restrições severas ou exclusões desnecessárias podem ocasionar deficiências nutricionais que vão interferir em todo funcionamento do organismo, inclusive o do sistema nervoso. Podendo causar fadiga, falta de concentração, foco, baixo desenvolvimento cognitivo e desânimo”, relata.
Segundo a especialista, é indicado um consumo maior de alguns nutrientes que apresentam impacto positivo na saúde das células nervosas (neurônios). “Como o zinco encontrado nas amêndoas, cereais integrais (arroz, aveia). O peixe, rico em ômega 3, auxilia na estrutura da célula. O ovo contém colina precursor da acetilcolina, neurotransmissor fundamental para memória e aprendizado. Além das frutas cítricas (laranja, abacaxi, limão), fontes de vitamina C antioxidantes, que atuam como neuroprotetores”, relata.
Mais dicas:
Carboidratos: pães, arroz integral e cereais integrais são essenciais para o bom o funcionamento do cérebro. Uma queda nos níveis de açúcar no sangue pode causar danos irreversíveis ao sistema nervoso.
Alimentos de origem animal: carnes magras, peixes, leites e derivados magros são fontes de triptófano, responsável pela síntese de neurotransmissores como a serotonina, que modula comportamento e humor.
Frutas fontes de vitamina C (acerola, laranja, abacaxi, limão) e óleos vegetais (canola, azeite, milho, soja): São fontes de vitamina E, potentes antioxidantes que atuam como neuroprotetores.
Peixes: Fontes de ômega 3 – Eles têm importante função estrutural das células nervosas. Alguns estudos sugerem melhora nos sintomas, como agressividade e depressão.
Ovo: É fonte de colina, tem função estrutural. Precursora da acetilcolina, neurotransmissor fundamental para a memória e o aprendizado.
Café, refrigerantes e energéticos: Todos esses alimentos atuam no cérebro sob a forma da cafeína. Podendo estimular o sistema nervoso central. Porém, quando em excesso, pode apresentar sintomas como euforia, insônia, irritabilidade, ansiedade.
Bebida alcoólica: As bebidas influenciam de forma negativa e têm impacto em todo o organismo. Em um primeiro momento, causam euforia, mantêm o estado de alerta. Mas em pouco tempo, afeta as células nervosas. Ocasionando tontura, perda de equilíbrio, perda de memória, falta controle da fala. Vale a pena lembrar que o consumo frequente pode ocasionar dependência.