Cotidiano

Tarifa de distribuição de água é reajustada em 12%

Segundo o presidente da Caer, não houve reajuste entre os anos de 2011 e 2014, o que dificulta o desenvolvimento das ações da empresa

A Companhia de Águas e Esgotos de Roraima (Caer), por meio da diretoria executiva, aprovou o reajuste tarifário de 12,01%, na rede de distribuição de água, para as categorias residencial, comercial, industrial e pública. O reajuste está em vigor desde o dia primeiro de janeiro de 2016.

Segundo a Caer, o reajuste ocorreu após um trabalho de assessoramento, orientação e consultoria técnica, desenvolvido pelo Programa de Modernização do Setor de Saneamento da Companhia, diante da necessidade de manter o equilíbrio econômico-financeiro e adotar ações de melhorias na prestação dos serviços.

Conforme o presidente da Caer, Danque Esbell, o estado de Roraima possui a terceira menor tarifa de água do país, de forma que é preciso buscar alternativas que garantam o desenvolvimento saudável da empresa.

“O objetivo é buscar a harmonia entre a responsabilidade social e o compromisso empresarial, por isso a gestão fez todo um estudo tarifário cauteloso. A empresa enfrenta uma defasagem financeira de quase 40% sobre a tarifa, o que compromete a logística, por isso existe a necessidade de adotar medidas que possam garantir o equilíbrio econômico e financeiro para que consigamos manter os serviços dentro da normalidade”, esclareceu Esbell.

Segundo ele, entre os anos de 2011 e 2014, não houve nenhum reajuste, o que praticamente impossibilita a aplicação de ações em prol do desenvolvimento equilibrado da companhia.

“Essa inércia diante do processo de crescimento e desenvolvimento da empresa resulta no comprometimento das ações e deixa a empresa em uma situação complicada. Isso prejudicou a arrecadação e o faturamento, e desta forma é praticamente impossível obter a excelência dos serviços diante de um orçamento tão defasado”, justificou.

PERDAS

As perdas foram percebidas de maneira clara em 2015, no momento em que foram assumidos compromissos e atendidas às demandas da Capital e no Interior, onde a gestão percebeu que o valor orçamentário disponível é insuficiente para pagar as despesas e garantir o desenvolvimento saudável da companhia.

Embora o reajuste não agrade os clientes, a Companhia teve o compromisso de chegar a um valor, que mesmo não sendo o ideal para garantir a recuperação das perdas, possa ser aplicado.

“O reajuste não é o ideal para recuperar as perdas que houve ao longo dos anos, no entanto a gestão tem a preocupação de evitar que a população sinta o aumento de forma brusca, por isso estamos buscando essa recuperação de forma gradativa, para que se tenham condições de igualar a despesa. De forma nenhuma vai haver excesso de lucros, pelo contrário, trata-se de uma forma de minimizar as deficiências orçamentárias e buscar condições de manter a sustentabilidade e a qualidade na prestação dos serviços”, complementou Esbell.

Com informações da Secom