Cotidiano

Seca já provoca falta de água no interior

Em Pacaraima, carros-pipas estão buscando água em comunidade indígena para abastecer a população da cidade

A forte seca provocada pelo fenômeno climático El Niño começa a prejudicar o fornecimento de água em alguns municípios de Roraima. Em Pacaraima, Norte do Estado, na fronteira com a Venezuela, a Companhia de Águas e Esgotos de Roraima (Caer) já está usando carros-pipas para pegar água na comunidade indígena Nova Esperança para atender à população. Entre as localidades que podem sofrer desabastecimento estão ainda: São João da Baliza, São Luiz do Anauá, Rorainópolis (todos no Sul do Estado) e Normandia (Leste). 

Segundo lideranças da comunidade indígena Nova Esperança, desde o dia 7 de janeiro a Caer retira água da região com caminhão pipa para abastecer a sede de Pacaraima, que já sofre com os efeitos da forte seca. O presidente da estatal, Danque Esbell, afirma que o abastecimento faz parte do plano de ação para evitar o desabastecimento de água para a população.

Ele frisou que, na localidade, serão construídos dois poços artesianos para atender à população. “As bombas dos poços que abastecem o reservatório serão ligadas a cada 1h30, diariamente”, disse. Também destacou que técnicos da Caer irão visitar esta semana o município de São João da Baliza, onde já foram registrados relatos de falta d’água. “Iremos analisar a situação desta localidade para que possamos definir o que deve ser feito dentro do plano de ações”.

Ele informou que, até o momento, nenhum outro município sofreu com o desabastecimento de água, porém frisou que algumas localidades estão em alerta. “Depois de São João da Baliza, iremos passar em Normandia, Rorainópolis e São Luiz do Anauá”, disse.

Conforme o presidente da Caer, a estiagem poderá se estender até o início do mês de abril. “Até lá os efeitos da seca tendem a se atenuar em algumas localidades. Para que o desabastecimento não ocorra é necessário que a população tanto da capital quanto do interior consumam água de maneira consciente. Se agirmos com responsabilidade, podemos atravessar esse período sem desabastecimentos”, frisou. (I.S)