Um apelo nas redes sociais chamou a atenção das pessoas para a situação da saúde pública em Roraima.
A jovem Marcele Lopes, escreveu em sua página do Facebook sobre a dificuldade que tem em fazer uma cirurgia que está necessitando muito.
Ela contou que tinha cirurgia marcada para o último dia 10 de dezembro para retirada da vesícula, mas apesar de passar por uma situação grave ainda não conseguiu ser operada.
“Me ligaram da Sesau (Secretaria de Saúde do Estado) cancelando a cirurgia sem a confirmação de uma nova data e sem, também, me explicarem o motivo”, disse.
Marcele ressaltou ainda que vem, frequentemente, sofrendo crises, tendo que ser levada com urgência para o Hospital Cosme e Silva ou para o Hospital Geral de Roraima GR, receber medicação.
Criança leva galinha no dia da "Mochila Maluca" e vídeo viraliza nas redes
Após sucesso com o Dia do Cabelo Maluco, a nova tendência é o Dia da Mochila Maluca, que nas últimas semanas inspirou pais, alunos e professores
Pesquisa sobre povos originários e infâncias é apresentada ao Conanda
O documento reúne dados de uma pesquisa desenvolvida ao longo de dois anos, que investigou as condições de vida de crianças indígenas no Brasil
“Já fui na Sesau e ninguém me deu uma resposta conclusiva. Enquanto isso estou sofrendo muito. Tenho um bebê de oito meses que depende de mim. Peço a Deus que me dê forças”, escreveu.
Dezenas de pessoas curtiram e comentaram sua postagem e também relataram situações parecidas sobre o sistema de saúde pública de Roraima.
OUTRO LADO
O Governo do Estado, por meio da Sesau (Secretaria Estadual de Saúde), esclarece que diante do aumento expressivo na quantidade de cirurgias realizadas em 2015, a direção do HGR (Hospital Geral de Roraima) precisou reordenar as cirurgias que não envolvem risco de morte (eletivas) para garantir a continuidade dos procedimentos enquanto o orçamento para 2016 não está disponível. As cirurgias de urgência não sofrem alteração e estão sendo realizadas normalmente.
De acordo com a direção do HGR (Hospital Geral de Roraima), houve um aumento significativo de cirurgias feitas na unidade mensalmente, de 49 em 2014 para 200 em 2015, graças à realização de mutirões cirúrgicos. “Tem havido um aumento na demanda, principalmente em colecistectomia (as de vesículas) e de hérnias, tendo em vista a relação direta com hábitos alimentares inadequados da população nos dias atuais”, pontuou a diretora-geral do HGR, Lilian Moraga.
