Um compositor é um profissional que trabalha escrevendo canções, podendo estas ser cantadas por outras pessoas ou por ele próprio. É ele quem dá vida à música, e detém os direitos autorais. Para homenagear a data, que é lembrada hoje em todo mundo, a Folha entrevistou o cantor e compositor George Farias.
O músico comemora trinta anos dedicados a música profissionalmente, dedicação que teve início no Ceará, estado em que nasceu, durante a infância. A estreia nos palcos foi em uma apresentação na escola. “Era uma brincadeira, subir no palco e tocar para os colegas de sala de aula, um pouco mais velho, comecei a tocar nos bares de Fortaleza”, relembra.
Segundo ele, a composição está com ele desde que nasceu, sua maior influência foi o seu irmão. “Ele compunha em casa, e só tocava as músicas dele, eu escutava aquilo e isso me influenciou”, contou.
Ele chegou a Roraima em 1989, ao se deparar com as melodias roraimenses começou a homenageá-las em seus shows.
“Naquela época, as pessoas não tinham o costume de ouvir os artistas roraimenses na noite, era algo novo, tocar em casas noturnas de Roraima. E ver que isso continua acontecendo é demais. Hoje, eu vejo músicas que compus sendo tocadas e regravadas por outros artistas. A sensação é como se a minha herança estivesse sido passada”, ressalta.
Suas canções retratam influências do Caribe e do Nordeste, mesclando o sabor do Norte com um “groove caribenho”. Em sua carreira, Farias já lançou três álbuns.
Até pouco tempo atrás, ele não se via como um compositor sendo tocado por outros artistas. Hoje, suas músicas “Solana Star” e “Casa do Caribe” fazem sucesso nas vozes de outros artistas como a amazonense Márcia Novo e a banda Jamrock. Célio Cruz e Hallyson Cristian também regravaram a música “Tomara”. “É emocionante, eu achava que nunca veria isso em vida”, relata.
Processo de compor
Para George, a composição musical é uma prática que representa um desafio, mas ao mesmo tempo é muito gratificante. “O compositor nunca para de compor. Gosto de criar em parceria também, já escrevi músicas com Eliakin Rufino, Bebeco Pujucan e Cacá Farias. É algo que irei fazer para o resto da minha vida”, disse.
Songbook
Entre os planos futuros do músico, está o lançamento de um ‘Songbook’, projeto realizado pela Fundação Ajuri da Universidade Federal de Roraima, que deve ser lançado ainda no primeiro semestre desse ano. O livro irá apresentar uma coletânea das principais músicas e partituras do cantor. A proposta do projeto é incentivar os artistas da terra.