O Instituto de Criminalística de Roraima anunciou na manhã de hoje, 15, durante entrevista coletiva, a confirmação da existência de duas novas drogas sintéticas em Roraima. O laudo que confirmou a presença das substâncias N-bomb e a metilona é decorrente de uma apreensão de drogas ocorrida em agosto do ano passado.
Conforme o diretor do Instituto de Criminalística, Steffani Ribeiro, as drogas foram consideradas proibidas em 2014, de acordo com a portaria nº 344/98 da Anvisa, do Ministério da Saúde. “E nós percebemos que elas têm um potencial lesivo à saúde como as substâncias comumente encontradas. A pessoa que faz uso dessa substância sofre com efeitos alucinógenos muito mais maximizados, podendo ter alucinações, se bater e até vir a óbito.”, relatou o diretor.
De acordo com a perita criminal da Polícia Civil, Ana Célia Ribeiro, na apreensão, as drogas foram confundidas com ecstasy e LSD. Somente após os testes é que foi possível constatar a diferença. Ana Célia disse ainda que em outros casos do pais, as drogas sintéticas são camufladas como outras substâncias e são vendidas como as mais comuns. Um dos motivos, segundo ela, seria o menor custo de produção das drogas sintéticas.
Quanto a demora na saída do laudo, a perita disse que ocorreu em razão do ineditismo da operação. “A apreensão desse tipo de droga, a gente tem que fazer os exames, confirmar e tirar a conclusão. Esse lapso temporal fez com que só agora a gente dê essa informação pra população, o nosso trabalho é confirmar realmente que substância é. Agora com certeza vai ser mais rápido em razão desse primeiro caso”, afirmou a perita.
ENTENDA O CASO
Em 22 de agosto de 2015, o foragido do sistema prisional Jhonathan Batista da Silva, foi preso em um hotel, no bairro São Vicente, após denúncia anônima. Com Silva, foram encontradas uma cartela com 25 unidades de substância aparentando ser LSD, quatro comprimidos de ecstasy, uma porção de Skank e seis pedras de substância aparentando ser crack.
Matéria completa na edição impressa da Folha de amanhã, 16.