O excesso de proteína faz mal, principalmente para os rins. Em caso de pessoas com problemas renais, ou histórico familiar de doença renal, é importante ficar atento, porque a proteína que não é utilizada pelo corpo é eliminada pelos rins, sobrecarregando suas funções. De acordo com a nutricionista Talita Nascimento, a proteína ajuda no desenvolvimento dos tecidos do corpo, mas que, em excesso, aumenta a vulnerabilidade aos problemas renais.
“Quando o indivíduo consome mais proteína que o indicado, acontece uma hiperfiltração nos rins por conta do excesso de ureia, ou seja, os rins trabalham mais para excretar a ureia, e isso pode, em longo prazo, causar problemas como hipertensão, diabetes e inflamação nos rins”, ressalta.
A quantidade de Proteína diária recomendada para uma pessoa não atleta varia de 0,8 g a 1 g de proteína por kg de peso (ex: uma mulher de 50 kg deve consumir de 40 a 50 g de proteína por dia). Corredores de 10 a 21 km (amadores) devem ingerir 1 g por kg de peso. Já os atletas profissionais devem consumir de 1,3 g a 2,0 g de proteínas por kg, variando, assim, conforme sua necessidade energética e fator de atividade física.
A nutricionista recomenda que os interessados em reduzir a proteína nas refeições aumentem o consumo de hortaliças, frutas e grãos integrais, dando preferência a orgânicos, já que um bife de vaca de 100 g grelhado tem 26,4 g de proteína, por isso, com 2 bifes quase se atinge as recomendações. Além disso, ao longo do dia, normalmente ainda se consomem outros alimentos ricos em proteína, como leite e derivados.
“Pessoas que possuem alguma patologia, como fenilcetonúria ou alguma doença renal, devem procurar um profissional para adequar sua dieta e necessidade proteica”, conta.
Cuidado com os suplementos de proteína
Pessoas que comem carne, queijo e tomam leite ou iogurte diariamente não precisam tomar suplementos de proteínas com a intensão de aumentar a massa muscular. Por vezes, basta consumir o alimento rico em proteína na hora certa, que é logo após a atividade física.
A maioria das pessoas que desenvolve sintomas de excesso de proteínas, geralmente apresenta uma predisposição genética, algum problema de saúde ou usou suplementos de forma inadequada.
“Deve ser sempre com orientação profissional. Pacientes acamados e com patologias, das quais não podem fazer a mastigação é recomendada a suplementação. A praticantes de atividade físicas também se recomenda a suplementação à base de proteínas com acompanhamento médico”, conta.