As prefeituras dos municípios do interior do Estado entregaram nesta sexta-feira, 15, a documentação solicitada pela Defesa Civil para subsidiar a decretação de situação de emergência pelo Governo do Estado.
As prioridades serão definidas e o parecer técnico será elaborado neste fim de semana e encaminhado para a Procuradoria para análise. O decreto pode sair até a próxima quarta-feira, dia 20.
Segundo o secretário executivo da Defesa Civil, coronel Cleudiomar Ferreira, a situação de emergência pode ser decretada nos municípios de Normandia, Caracaraí, Mucajaí, Bonfim e Cantá. “Já analisamos a documentação destas localidades e ainda estamos verificando a de outros municípios”, disse.
Ele informou que, até o momento, apenas o Município de Amajari, Norte do Estado, a cerca de 150 quilômetros da Capital, não se manifestou. “Ainda iremos nos reunir com a prefeitura para explicar a importância de uma decretação de situação de emergência em conjunto”, afirmou.
Ferreira frisou que as prefeituras podem decretar situação de emergência independente da Defesa Civil Estadual. “Nós explicamos para os representantes de cada município que eles podem solicitar recursos com a Defesa Civil Nacional em Brasília, porém é mais vantajoso que todos se unam para isso”, destacou.
Com a decretação, a Defesa Civil e a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) poderão executar ações de forma emergencial. “Nossos brigadistas estarão a postos para controlar qualquer foco de incêndio e realizar o monitoramento das regiões. Já a Seapa irá trabalhar na escavação de cacimbas nas propriedades rurais”, disse o coronel.
Ele destacou que os focos de incêndio têm colaborado para o agravamento da situação. Somente nos primeiros 15 dias do mês de janeiro, foram registrados 1.050 focos. “O local com maior incidência é Caracaraí, com 268 casos, seguido de Rorainópolis, com 121, Mucajaí, com 116, e Boa Vista, com 92. Os outros foram registrados nos demais municípios”, disse.
O secretário executivo da Defesa Civil afirmou que a população deve se conscientizar. “A umidade relativa do ar está baixa e os ventos fortes, podendo transformar pequenas queimadas em incêndios florestais. É necessário muito cuidado com isso”, concluiu. (I.S)