Política

Duodécimo será repassado amanhã com base no Orçamento de 2015

Como o Orçamento deste ano ainda não está em vigor, Executivo irá fazer o repasse com base nos números do exercício do ano passado

Ainda durante coletiva de imprensa, realizada na manhã de ontem, 19, no Salão Nobre do Palácio Senador Hélio Campos (veja matéria na página 02A), o secretário estadual da Fazenda, Kardec Jakson Santos, informou que o duodécimo dos poderes constituídos será repassado ainda conforme o Orçamento de 2015.

“Como o Orçamento de 2016 ainda não foi sancionado pela governadora Suely Campos, vamos fazer o repasse de acordo com os valores da peça orçamentária do ano passado, que é o que está em vigor ainda”, explicou o secretário.

Por conta do feriado municipal de São Sebastião, padroeiro de Boa Vista, hoje, o repasse será feito a Assembleia Legislativa, Defensoria Pública, Ministério Público e de Contas, Tribunal de Contas e de Justiça amanhã, 21. (V.V)

Assembleia contesta afirmações de secretários

Sobre a entrevista coletiva concedida pelos secretários estaduais de Administração, Frederico Linhares; de Planejamento, Alexandre Henklain; e da Fazenda, Kardec Jakson Santos, na manhã de ontem, 19, a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Roraima contestou os números apresentados pelos secretários à imprensa, afirmando que “não condizem com a realidade”.

De acordo com a Assembleia, não procede a informação de que teriam sido subtraídos R$ 79 milhões do Projeto de Lei Orçamentária 2016 do Executivo. “O que houve foi um remanejamento de valores com vistas a incrementar ações realmente necessárias para a população do Estado, como programas sociais, Saúde, Educação e Segurança Pública. Também foram incrementados os Orçamentos da Agricultura e Obras”, exemplificou.

Informou ainda que a redução de valores para aplicação no programa social Crédito do Povo partiu do próprio Poder Executivo. “Em 2015, foram destinados R$ 58 milhões no pagamento do benefício. Já para este ano de 2016, a governadora Suely Campos (PP) enviou o projeto de lei destinando R$ 46.120.480 para o mesmo programa, uma redução de cerca de R$ 12 milhões”, contestou.

Sobre o reajuste no orçamento dos poderes constituídos, a Mesa Diretora da Assembleia destacou que todos os poderes receberem reajuste, “sendo injusto apenas a Casa Legislativa ter seus recursos questionados pelo Executivo”.

“O Governo do Estado falta com a verdade, utilizando-se de dados inconsistentes para atribuir à Casa Legislativa a culpa pela grave crise vivenciada pelo País, que, como é de conhecimento público, vem causando a todos os estados da Federação sérios problemas nos setores mais caros à população, tais como Saúde, Educação e Segurança Pública. Dessa forma, está eximindo o Poder Executivo da sua responsabilidade administrativa e da adoção de medidas efetivas de ajuste para o enfrentamento adequado da crise”, concluiu a Assembleia Legislativa, em nota.