Cotidiano

Apesar de preço aumentar 40%, venda de computador de mesa está aquecida

Com valor do dólar lá em cima, preço dos chamados desktops acompanharam o ritmo, mas setor não sentiu a crise em Boa Vista

Com a alta do dólar, o valor do computador de mesa, chamado de desktop, aumentou em aproximadamente 40%. No entanto, em algumas lojas de Boa Vista, isso não significou queda nas vendas. O gerente de uma loja de informática, Anderson Lopes, que trabalha na Avenida Jaime Brasil, uma das mais movimentadas da Capital, no Centro, disse que o valor do dólar influenciou no preço dos computadores.

“Quando o dólar aumenta, as peças chegam em Boa Vista mais caras. Para se ter uma ideia, vendemos equipamentos desktop por R$ 1.300,00, nesse mesmo período no ano passado. Atualmente, custam cerca de R$ 1.800,00”, disse, o que representa um aumento de quase 40%.

No entanto, conforme o gerente, a procura pelo equipamento continua em alta. “O mercado está movimentado e as vendas não diminuíram. É tanto que, outro dia, vendemos seis computadores de mesa em um único dia, dentre eles, dois para o setor empresarial e um para pessoa física”, ressaltou.

Conforme ele, 30% desses produtos são vendidos para pessoas comuns, principalmente os computadores chamados de gamer, próprios para jogos, que custam um pouco mais caro que os convencionais, pois têm uma configuração avançada, tendo mais espaço de armazenamento, mais velocidade e peças melhores. “Muitos pais presenteiam seus filhos com esse tipo de máquina”, comentou. O valor varia de R$ 2 mil a R$ 5 mil.

Os outros 70% dos computadores desktop, segundo Lopes, são vendidos para empresas ou para aqueles que precisam realizar serviços do cotidiano. “Os empreendedores sempre fazem reposição do material de trabalho, atualizando seus equipamentos, por isso vendemos muito para eles”, ressaltou. Essas máquinas são mais básicas e, consequentemente, mais baratas, e custam cerca de R$ 2 mil.

Até mesmo a venda de smartphones e tablets, que está em alta, devido a sua praticidade, não diminui a procura por computadores tradicionais. Anderson Lopes disse que nem sempre é o que as pessoas buscam. “Esses equipamentos portáteis são de outro segmento, utilizado por quem quer alguma coisa corriqueira, como o acesso à conta bancária e passa-tempos, por exemplo”, explicou. “Mas, para quem quer trabalhar, os modelos ainda são inadequados, por isso o desktop ainda é preferência, pois possui teclado, mouse e outros mecanismos que dão ênfase e ajudam muito na produção”. (B.B)