Cotidiano

Campanha incentiva ações de combate à hanseníase

A doença é crônica e infectocontagiosa. O dia 28 de janeiro é um marco para chamar atenção sobre o problema

Para marcar o Dia Mundial de Luta contra a Hanseníase, lembrado em 28 de janeiro, a Sesau (Secretaria Estadual de Saúde), por meio através do DVE (Departamento de Vigilância Epidemiológica) do Estado, tem incentivado os municípios a realizarem as ações de sensibilização da população sobre os sintomas da doença com a distribuição de material informativo em escolas e postos de saúde.

No Estado, a data possui um significado importante, pois segundo o NCH (Núcleo de Controle da Hanseníase), a taxa de detecção da doença vem caindo ano a ano, o que não significa necessariamente que a incidência vem diminuindo, mas sim, que as pessoas com sintomas estão procurando menos os serviços de saúde.

Em 2015, foram detectados 78 casos da doença, o que representa uma taxa de 11,87 para cada 100 mil habitantes. Em 2014, foram 81 casos (16,30/100 mil hab) e em 2013, 123 casos (25,20/100 mil hab).

O tratamento para a doença é gratuito e disponibilizado pelas Unidades Básicas de Saúde (postos de saúde). Somente em casos mais graves ou em alguma situação específica, é feito o encaminhamento para o Hospital Coronel Mota, que é a unidade de referência para a doença. Após a investigação, o paciente pode continuar em acompanhamento no hospital ou ser contrarreferenciado para dar seguimento ao tratamento no posto de saúde.

HANSENÍASE

A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, de investigação obrigatória e notificação compulsória em todo o território nacional. É de grande importância para a saúde pública devido a sua magnitude e o seu alto poder incapacitante, atingindo principalmente a faixa etária economicamente ativa.

A doença acomete principalmente a pele e nervos periféricos podendo levar a sérias incapacidades físicas, quando diagnosticada tardiamente. O diagnóstico precoce é importante para que o tratamento, que é realizado com remédios, seja iniciado o quanto antes, impedindo a evolução e disseminação da doença.

SINTOMAS

A hanseníase acomete primeiramente a pele e os nervos periféricos, e pode atingir também os olhos e os tecidos do interior do nariz. O primeiro e principal sintoma são o aparecimento de manchas de cor parda, ou avermelhadas, que são pouco visíveis e com limites imprecisos.

Nas áreas afetadas pela hanseníase, o paciente apresenta perda de sensibilidade térmica, perda de pelos e ausência de transpiração. Quando lesiona o nervo da região em que se manifestou a doença, causa dormência e perda de tônus muscular na área.

Podem aparecer caroços ou inchaços nas partes mais frias do corpo, como orelhas, mãos e cotovelos, e pode haver alteração na musculatura esquelética causando deformidades nos membros.

Com informações da Secom-RR