Cotidiano

Forças Armadas vão ajudar no combate ao mosquito Aedes aegypti

220 mil militares participarão da ação que ocorrerá em todos os estados do país, inclusive Roraima

Durante coletiva realizada ontem, 27, o governo federal anunciou que 220 mil miltares vão ajudar no combate ao mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue, da febre chinkungunya e do vírus Zika.

O ministro da Defesa, Aldo Rebelo, informou que os homens do Exército, Aeronáutica e Marinha vão atuar em todos os estados do país, inclusive em Roraima, como uma forma de complementar as ações desenvolvidas pelo Ministério da Saúde, estados e municípios.

Segundo o ministro, a ação ocorrerá especificamente em 356 municípios. Desses 356, 115 concentram grande quantidade de casos de microcefalia, que podem ter sido provocados pelo vírus Zika.

“As Forças Armadas já exercem essa função auxiliar desde o primeiro momento de combate ao mosquito Aedes aegypti. Agora estamos intensificando a mobilização onde há uma incidência maior”, disse Aldo Rebelo.

ETAPAS

Aldo Rebelo informou que a ação dos militares será dividida em quatro etapas. A primeira ocorrerá até o dia 4 de fevereiro quando os militares farão um mutirão para erradicar criadouros do mosquito em instalações das Forças Armadas em todo o país.

No dia 13 de fevereiro, quando ocorrerá a segunda fase, 220 mil homens e mulheres das Forças Armadas farão uma ação de conscientização para orientar a população no combate ao mosquito. Os militares irão distribuir panfletos com um número de telefone local que irá receber denúncias de locais onde haja proliferação do mosquito

De acordo com o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, Almirante Ademir Sobrinho, 3 milhões de imóveis residenciais devem ser visitados. “Vamos distribuir folheto informativo chamando a responsabilidade dos moradores no combate ao mosquito, chamando a atenção para a importância de vigiar a presença de focos do mosquito na vizinha e medidas básicas de como evitar focos na residência”, disse.

Entre os dias 15 e 18 de fevereiro, um contingente de 50 mil militares fará nova visita, em ação coordenada com o Ministério da Saúde e autoridades locais, para inspecionar possíveis focos de proliferação nas casas e, se for o caso, aplicar larvicida. “Acreditamos que quando voltarmos, grande parte desse trabalho já tenha sido feito pelo morador”, acrescentou Sobrinho.

A última etapa, ainda em discussão com o Ministério da Educação (MEC), prevê a mobilização dos militares para reforçar o trabalho de conscientização em escolas das redes pública e privada.

RORAIMA

Em nota, o Governo do Estado informou que a Sala Estadual de Coordenação e Controle para o Enfrentamento à Microcefalia (SEEC) se reúne semanalmente com a sala nacional para definir as estratégias de combate ao Aedes aegypti e enfrentamento às doenças causadas por este vetor.

Sobre o apoio das Forças Armadas, o Governo informou o assunto será discutido nesta sexta-feira, 29, quando Roraima receberá informações detalhadas sobre a ajuda do Governo Federal.

A Prefeitura de Boa Vista (PMBV) também informou que tem mantido uma parceria contínua com as Forças Armadas no combate ao Aedes aegypti desde setembro de 2015.

“O foco agora é cumprir o plano de combate ao Aedes aegypti lançado pelo Ministério da Saúde, em que todos os imóveis devem ser vistoriados. Para isso, a Prefeitura de Boa Vista está verificando os meios legais para realizar o ingresso forçado dos agentes comunitários de endemias em imóveis particulares no caso de recusa ou ausência de proprietários, incluindo casas abandonadas ou terrenos baldios”, relatou a nota da PMBV.

Além disso, a Prefeitura reforçou que já tem notificado os proprietários de terrenos baldios e casas abandonadas ou com acesso não permitido, com o objetivo de minimizar o problema de focos do Aedes aegypti.

Com informações da Agência Brasil