Cotidiano

Felipe Quadros é expulso da Polícia Militar

O crime ocorreu há mais de dois meses em Boa Vista

O comandante geral da Polícia Militar de Roraima, coronel Dagoberto Gonçalves, assinou na manhã de hoje, 29, portaria que exclui do quadro de servidores da corporação o soldado Felipe Quadros, autor dos tiros que matou três pessoas no dia 9 de novembro do ano passado, em Boa Vista.

As vítimas foram a fisioterapeuta, Jannyele Filgueira, de 28 anos de idade, o pai dela, Eliézio Oliveira, de 50 anos, e o empresário Ernane Rodrigues, de 47 anos.

PROCESSO

O PAD (Procedimento administrativo disciplinar) de número 001/2015, instaurado pela Corregedoria da Corporação para apurar a conduta do policial possui 349 páginas e a solução do Comandante, outras 11 páginas. O procedimento teve por objetivo verificar se o policial possuía as necessárias condições morais, éticas e disciplinares para permanecer na corporação.

O Conselho de Disciplina considerou os reflexos negativos das condutas de Felipe Quadros violando, de forma grave, os preceitos e valores que lhe foram repassados durante a sua formação militar e cultivados pela Corporação.

Conforme o documento, o policial protagonizou o triplo homicídio e uma tentativa de homicídio, nos bairros Pricumã e Caimbé, utilizando arma de fogo da Polícia Militar, sem autorização de seu superior.

Ao final do PAD, o Conselho de Disciplina concluiu que a atitude do policial maculou a honra pessoal, bem como vilipendiou o pundonor policial militar, o decoro da classe e o sentimento do dever, resultando na sua incompatibilidade do mesmo para com o serviço policial militar. E por essas razões, o comandante geral acatou a decisão do Conselho e decidiu pelo licenciamento (exclusão) de Quadros, uma vez que ele não tinha estabilidade funcional, e estava em estágio probatório.

Felipe Quadros permanece preso no quartel do CPC (Comando de Policiamento da Capital) por decisão judicial. A decisão sobre o caso será enviada para publicação em Diário Oficial do Estado e informada à Vara de Execuções Penais.

Com informações da Secom.