Cotidiano

Ministério Público recomenda reforma de parques aquáticos

O secretário de Educação e Desporto tem 30 dias para informar as medidas adotadas para o cumprimento da recomendação

O Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR) recomendou ao secretário estadual de Educação e Desporto, Marcelo Henrique Campbell, que promova medidas necessárias para a reforma e manutenção dos parques aquáticos Asa Branca, Anauá, Caçari, Caranã e Jardim Primavera, localizados em Boa Vista.

Conforme a recomendação expedida no dia 26 deste mês, pela Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público, os parques aquáticos não funcionam devido o claro cenário de abandono, acúmulo de água das piscinas, falta de manutenção e depredação das instalações e equipamentos.

O MPRR tomou conhecimento do fato por meio de denúncia noticiada na mídia local dando conta do abandono de parques aquáticos na capital de responsabilidade do estado. As irregularidades foram comprovadas após as diligências.

Para o promotor de justiça de Defesa do Patrimônio Público, Hevandro Cerutti, o quadro de abandono constatado nos parques aquáticos de Boa Vista também evidencia risco iminente à saúde da população, uma vez que favorece a incidência de doenças  transmitidas por vetores.

Ainda conforme o promotor, a Seed também deverá informar ao MPRR nome completo e cargo das pessoas responsáveis pelos parques aquáticos nos últimos três anos, como também quais medidas administrativas foram adotadas para responsabilizar aqueles que tinham o dever legal de evitar o abandono.

“Após comunicado, adotaremos medidas legais cabíveis, uma vez que o descaso com o bem público caracteriza ato de improbidade administrativa, conforme determina lei.

É um ato de improbidade  administrativa que causa lesão ao erário, qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, dilapidação dos bens, e notadamente, agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda”, disse Cerutti.

O MPRR concedeu prazo de 30 dias, para que o secretário informe as medidas adotadas para o cumprimento da recomendação. O descumprimento poderá ensejar providências judiciais e extrajudiciais para garantir a prevalência das normas de proteção ao patrimônio público.

Com informações do Ministério Público.