Iniciada no dia 10, a Operação Amazônia, coordenada pelo Ministério da Defesa, sob comando do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), reúne militares da Marinha, Exército e Força Aérea com objetivo treinar militares focado para a região Amazônica, área considerada prioritária na Estratégia Nacional de Defesa.
Trata-se de um treinamento onde se exercita logística, comunicação e controle de forma real. Segundo o comandante da Base Aérea de Boa Vista, coronel aviador Mauro Bellintani, tudo é realizado como se fosse uma situação de conflito armado. “Nós juntamos elementos reais numa simulação. Nada se difere de uma situação real”, explicou.
A operação está em sua terceira edição e as ações de treinamento, que devem seguir até o próximo dia 21, são desenvolvidas em Manaus, no Amazonas e nos municípios de Boa Vista e Normandia, em Roraima. Nela estão incluídas ações de controle de tráfego fluvial e proteção de estruturas críticas, manobras terrestres tanto defensivas quanto ofensivas, além de lançamentos de paraquedistas, entre outras.
Estão envolvidos na operação quatro mil homens, sendo mil da Marinha, 1.800 do Exército e 1.200 da Aeronáutica, tanto homens das unidades federativas da Amazônia quanto de outras unidades do país com o intuito de propiciar a eles uma familiarização com a região amazônica.
De acordo com o comandante, outro fator importante ao se realizar esse trabalho é com relação à interoperabilidade, ou seja, operação conjunta das três Forças de maneira bem conduzida. Ele explicou que, após o treinamento, é feito um relatório, que engloba os ensinamentos obtidos durante as ações e os benefícios para a sociedade, os quais são apontados como aquisição de conhecimento e familiarização das unidades de fora desse contexto.
“Todos saem ganhando: nós, a Amazônia e a sociedade”, frisou Bellantini ao acrescentar que a operação é de grande importância por se tratar de um trabalho conjunto da Aeronáutica, Exército e Marinha. “As três Forças estão agindo de forma integrada e focando a Amazônia como área prioritária para a defesa do país”, frisou.
SERVIÇOS – Ainda durante os exercícios militares são realizados trabalhos cívico-sociais com populações carentes. São levados a elas serviços básicos como atendimentos médicos. A expectativa, em Roraima, é que seja atendido o máximo de pessoas possível. Estas ações são realizadas também no Município de Pacaraima, Norte do Estado, fronteira com a Venezuela.
Conforme Bellantini, essa é uma preocupação quando se trata de Amazônia. “A logística dificulta a chegada da presença do Estado brasileiro em determinadas localidades, então nós fazemos esse trabalho nas localidades mais distantes e desassistidas”, disse ao acrescentar que esse tipo de trabalho é realizado durante todo o ano, não só no período do treinamento. (M.F)
Cotidiano