Não bastassem estarem fragilizadas pela situação, pessoas que têm familiares internados nas duas Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) do Hospital Geral de Roraima (HGR) estão sendo assediadas por golpistas que conseguem todos os dados e telefones dos pacientes.
Eles ligam para as famílias e dizem que o paciente vai precisar fazer um exame de urgência que só seria feito em clínicas particulares. A denúncia começou a circular na manhã desta sexta-feira em grupos de WhatsApp e redes sociais.
Desesperadas, as pessoas se sentem pressionadas a fazer depósitos que chegam até a R$1.500,00. Há informações extra-oficiais de que pelo menos uma família caiu no golpe e fez o depósito. Cerca de quatro familiares de pacientes relatam a servidores do HGR que foram assediados por golpistas, que usam nome de médicos.
Não se sabe como os criminosos conseguem dados dos pacientes e contatos telefônicos dos familiares. Mas esse golpe vem sendo aplicado em outros estados da Região Norte. Servidores que trabalham nas UTIs do HGR confirmaram, para a FolhaWeb, que a ação dos golpistas provocou uma correria de familiares de pacientes ao hospital a fim de confirmar a necessidade do depósito para bancar exames ou procedimentos supostamente “milagrosos”.
Canto das cigarras: entenda a relação do som emitido pelo inseto e o início do período chuvoso
Biólogo do CEUB revela que esses insetos respondem às mudanças climáticas, não necessariamente à chegada da chuva
Vice-presidente da Federação Roraimense de Futebol morre vítima de parada cardíaca
Waldir Barnabé dos Santos estava internado no Hospital Geral de Roraima deste o início da semana
“Essa informação precisa ser divulgada pela imprensa para alertar as famílias de pacientes e esclarecer que o HGR não cobra para realizar exames ou qualquer outro procedimento”, disse a servidora de uma das UTIs contatadas pela FolhaWeb.
GOVERNO
Após a denúncia feita na FolhaWeb, o Governo do Estado se pronunciou em nota recomendando a população que no caso de cobrança de valores por qualquer serviço gratuito de saúde pública, seja registrado um boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia Civil mais próxima, “para que sejam tomadas as medidas cabíveis contra os criminosos”. O texto reforça ainda que vítimas do golpe também podem buscar por orientação junto á direção da unidade de saúde.
Matéria completa sobre a ação dos golpistas na edição de amanhã, 13, da Folha impressa.
