Polícia

Foragido confessa assassinato de vigia

Homicida alegou que ingeriu bebida alcóolica e pulou muro do local onde ocorreu o crime para supostamente trocar cachaça por tabaco com o vigia

Na tarde de ontem, o foragido Rafael Felix, de 21 anos, conhecido como “Galeguinho”, confessou ter matado o vigia Waldevir Barreto, de 60 anos, a golpes de faca, no último sábado. Ele já tinha passagens pela polícia pelos crimes de roubo e furto e estava foragido da Casa do Albergado, pois estava faltando aos pernoites. O corpo da vítima foi encontrado pelo filho na manhã de segunda-feira.

O delegado Paulo Migliorin, titular da Delegacia-Geral de Homicídios (DGH), detalhou como aconteceu o crime de acordo com a confissão do acusado. Os agentes da DGH ouviram relatos de alguns frequentadores de um campo de futebol, conhecido por ser ponto de usuários de drogas, próximo ao galpão onde o vigia trabalhava. Com eles conseguiram chegar até o criminoso.

Migliorin disse que ouviu familiares e testemunhas, fator crucial que fez com que as equipes da Força Tática e da Divisão de Inteligência e Captura (Dicap) da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) conseguissem chegar até o homicida. Na sede da DGH, Felix confessou o crime. Todas as provas que a polícia reuniu já apontavam para ele.

O acusado disse que conhecia a vítima. Afirmou ter consumido bebida alcóolica e depois decidiu ir até o galpão trocar uma bicicleta por tabaco. Ao pular o muro do local, segundo Felix, o vigia não o reconheceu e pegou uma barra de ferro para ameaçá-lo. “Para me defender, puxei minha faca contra ele e depois fugi”, disse.

A barra de ferro citada por Felix em confissão faz parte dos assessórios de uma barraca da construção. O acusado disse ter se arrependido do que fez e pediu desculpas à família. Ele afirmou que não sabia por qual motivo os objetos pessoais da vítima estavam remexidos.

Apesar de o acusado não ter sido preso em flagrante, foi levado para a Penitenciária Agrícola do Monte Cristo (PAMC) a fim de terminar de cumprir sua pena pelos crimes cometidos anteriormente, além de sofrer sanção disciplinar. O delegado disse que quer concluir o inquérito dentro do prazo legal e encaminhá-lo ao Ministério Público.

O CRIME – Na manhã de segunda-feira, o corpo do vigia Waldecir Barreto foi encontrado por seu filho no galpão de uma construção, situada no bairro Santa Tereza, zona Oeste, onde a vítima trabalhava. O vigia não dava notícias à família desde o domingo, quando seu filho o procurou pela primeira vez, mas não conseguiu manter contato. Ele retornou ao local na manhã de segunda-feira, quando localizou o corpo.

A polícia foi acionada e encontrou os pertences da vítima revirados. O exame de necropsia realizado no corpo do vigilante, pelo Instituto de Medicina Legal (IML), apontou quatro perfurações, duas na clavícula, uma no estômago e outra na coxa esquerda. (T.C)