Aprovados no concurso da Guarda Civil se acorrentam em protesto

O grupo dos aprovados no concurso da Guarda Civil Municipal (GCM) da Prefeitura de Boa Vista (PMBV) continuou a manifestação iniciada na segunda-feira, 18, em frente ao Palácio 09 de Julho, no bairro São Francisco.

“Nós estamos dividindo o pessoal que está sem condições de vir pela manhã, tarde e noite. Tem pessoas que não tem nem como vir dar apoio ao movimento, que vendeu seu veículo ou não tem dinheiro para o combustível, na esperança de ser convocado”, disse a fonte.

Na manhã de hoje, 18, os manifestantes se enrolaram em uma corrente, como forma de protesto. Conforme um dos protestantes, a corrente é uma forma de demonstrar que os aprovados se sentem “acorrentados de todas as formas, financeiramente, emocionalmente e psicologicamente”.

Eles alegam ainda que desde o início do protesto, a prefeita Teresa Surita não recebeu o grupo e que as respostas encaminhadas por meio dos secretários municipais não são satisfatórias. “Procuramos uma resposta diferente, queremos a resposta da Prefeita, as respostas das secretarias são sempre as mesmas. Estamos aqui aguardando ela, essa corrente só será tirada quando ela tomar uma decisão conosco”, afirmou o manifestante.

ENTENDA O CASO

Na segunda-feira, 15, um grupo de aprovados no concurso da GCM iniciou um protesto em frente ao Palácio 09 de Julho cobrando a posse de cerca de 80 pessoas. Os aprovados reclamam, apesar do concurso ainda estar dentro do prazo, que muitos deles deixaram seus empregos para atuar na Guarda Municipal e que não tem recursos para cuidar de suas famílias.

OUTRO LADO

Em resposta à Folhaweb, a Prefeitura de Boa Vista afirmou que se posicionou quanto a não efetivação dos convocados desde o início do protesto e que está amparada pelo Edital do Concurso Público.

A nota diz também que o secretário de comunicação do município, Weber Negreiros, esteve reunido com dois representantes dos manifestantes para esclarecimento de dúvidas e que a prefeitura tem o interesse em fazer a efetivação dos convocados, porém, reforçou que a convocação “se dará no momento em que o município tenha capacidade de pagamento”.

Por fim, a Prefeitura ressaltou que “não cometerá nenhum ato que fuja aos preceitos da responsabilidade fiscal e que os manifestantes estão descumprindo regras previstas em edital e assumindo posturas que prejudicam a imagem da Guarda Civil Municipal, o que poderá levar a sanções legais que comprometam a sua incorporação”.