Cotidiano

Rorainópolis só tem uma ambulância do Samu para transportar pacientes

A população do município de Rorainópolis, na região sul do Estado, está sendo atendida somente com uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). De acordo com moradores do segundo maior município de Roraima, a única ambulância que está funcionando é pequena e apresenta problemas por falta de revisão. 

“Nunca fizerem balanceamento e alinhamento, aí não tem pneu que aguente. A ambulância treme muito”, afirmaram, alegando ser complicado até para os socorristas realizarem atendimentos.

À Folha, os denunciantes explicaram que o município tinha duas ambulâncias, mas que uma está quebrada há um ano. “Essa maior tinha como transportar dois pacientes ao mesmo tempo” disseram. “Mas agora está na oficina pegando sol e chuva”, lamentaram.

Durante a entrevista, os moradores pediram para não serem identificados, alegando que companheiros já sofreram intimidações devido a denúncias anteriores. “Depois de uma reportagem, o coordenador de transporte até tentou nós intimidar”, concluiu um dos denunciantes, revelando ainda que “um dos gestores disse que ia fazer um relatório para o prefeito dizendo que a ambulância pequena está em perfeito estado e que os socorristas estariam fazendo tempestade num copo de água”.

“Mas nós acreditamos que está mais que na hora de alguém tomar providências. É lamentável ver que nossa ambulância grande, que traz conforto tanto para os pacientes, acompanhantes e até para a equipe está a um ano quebrada”, disseram, pedindo providências da gestão do município.

OUTRO LADO – Em busca de um posicionamento oficial sobre as denúncias, a equipe de reportagem entrou em contato com a coordenadora do Samu em Rorainópolis. De imediato ela afirmou “que nenhum funcionário sofreu represálias”, mas não relatou qual a situação real das ambulâncias. Pdiu que a reportagem entrasse em contato com o secretário de saúde do Município.

A Folha tentou, durante todo o final de semana, contato com o secretário, mas não obteve resposta nas ligações e nem nas mensagens enviadas até o momento do fechamento desta edição na noite de ontem. (J.L)