O programa Família que Acolhe, da Prefeitura de Boa Vista, está atendendo a mais de cinco mil famílias de baixa renda. O intuito é proporcionar benefícios e orientações às mães que irão contribuir para o desenvolvimento saudável da criança. O projeto conta com apoio das Secretarias Municipais de Saúde, de Educação e de Gestão Social.
Conforme umas das coordenadoras do programa, a psicóloga Elane Florêncio, o atendimento às beneficiárias acontece de forma integral desde a gestação. “As mais de cinco mil mães iniciam sua participação se inserindo na universidade do bebê, uma das principais atividades do projeto”, disse.
Segundo a psicóloga, trata-se de encontros temáticos divididos em turmas de gestantes e das mães que já tiveram seus bebês, que acontecem todos os meses. Durante as atividades, são realizadas palestras abordando temas voltados para o cuidado que a mãe deve ter enquanto grávida. “Falamos da importância do pré-natal, dos exames indispensáveis durante a gravidez, de ter uma alimentação saudável e também sobre a conversa que ela deve ter com a criança ainda dentro do útero para estimular o desenvolvimento”, comentou.
Há também temas relacionados aos bebês nascidos. “Mostramos os cuidados que devem ser tomados com o recém-nascido, como a importância da imunização e das vacinas, do aleitamento materno, da atenção ao umbigo, da hora do banho e do desenvolvimento cerebral e motor”, afirmou Elane. “Sendo cadastrada ou não, a partir do momento em que a gestante solicita o ingresso no programa, ela já pode participar da universidade do bebê”, complementou.
Elane disse que o controle de participação das mães acontece através de frequência e carimbo em um cartão que é entregue a elas. “As mães devem estar participando para garantir os benefícios do programa, que disponibiliza enxoval, berço, bolsa, kit de higiene, banheira e o leite da família, que passam a receber a partir de um ano de idade da criança”, informou. Além de outros atendimentos, como consulta médica, direito a fonoaudiólogo, pedagogos e psicólogos.
Quando acaba a participação na universidade do bebê, a criança tem uma vaga garantida na Casa Mãe. “A partir dos dois anos de idade, ela é encaminhada para a Casa Mãe. É a continuação do processo de ensino-aprendizagem, onde também receberá benefícios até os quatro anos. A partir daí, segue para a infância”, explicou a psicóloga.
Uma das beneficiárias, Tatiane Rodrigues, afirmou que o Família que Acolhe é muito bom para toda a sociedade. “O acompanhamento médico, pediátrico, e também dos integrantes do projeto, que nos tratam muito bem, é indispensável para quem não tem condições financeiras”, disse à Folha.
Tatiane disse que já tem um filho de dois anos na Casa Mãe e que tem outro, de um ano, participando da universidade do bebê. “Estou sempre presente nas reuniões, onde aprendemos muita coisa sobre o crescimento e desenvolvimento dos nossos filhos. Então eu só tenho a agradecer”, concluiu.
ATUALIZAÇÃO – Atualmente, está acontecendo a atualização do cadastro das beneficiárias. As pessoas que já participam do programa devem ir até a sede, que fica na rua Sólon Rodrigues Pessoa, bairro Pintolândia, das 8h às 12h, e das 14h às 18h, até a primeira semana de março. A pessoa deve apresentar RG, CPF e comprovante de residência, todos originais. Não é necessária cópia da documentação.
“É muito importante estar com os dados atualizados para que possamos entrar em contato com mais facilidade, pois muitas vezes acontece de a pessoa mudar o número telefônico ou o endereço, dificultando a nossa comunicação com ela”, avisou Elane.
INSCRIÇÃO – Para solicitar a inscrição, a grávida, até o quinto mês de gestação, deve se cadastrar. Deve ter uma renda máxima de dois salários mínimos, estar obrigatoriamente registrada no programa Bolsa Família e também ter iniciado o pré-natal. “A partir daí, será feita uma visita em sua casa, onde o entrevistador social verifica se ela se enquadra no perfil do programa e posteriormente será ou não convidada a fazer o cadastro definitivo”, finalizou. (B.B)