Cotidiano

Embrapa apresenta alternativas para a cultura de melancia em Roraima

Palestras e demonstrações práticas do Dia de Campo irão abordar a rotação de cultura de mandioca com a da melancia, além de outras alternativas

Com a finalidade de apresentar as novas alternativas para a cultura da melancia irrigada e mandioca no Estado, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária em Roraima (Embrapa-RR) realizará, nesta quinta-feira, 03, um Dia de Campo sobre as alternativas de cultivo dessas culturas no cerrado do Estado. O evento é voltado para produtores, técnicos agrícolas e estudantes.

As atividades serão realizadas no Campo Experimental Água Boa, na zona rural de Boa Vista, das 8h às 12h. Segundo o pesquisador da Embrapa, Roberto Dantas, a melancia é uma das frutas mais produzidas no Estado, ficando atrás apenas da banana, por isso é preciso conhecer mais sobre o manejo. “A melancia está presente seja na agricultura familiar ou agricultura empresarial. Mas, apesar de rentável, é uma cultura de muito risco porque há uma grande incidência de pragas, o que mostra a importância de pesquisas sobre o manejo”, frisou.

As palestras e demonstrações práticas do Dia de Campo irão abordar a rotação de culturas com a melancia, doses de nitrogênio, adubos orgânicos para a cultura e avaliação de consórcio melancia/mandioca. O pesquisador destacou que serão mostrados alguns resultados de pesquisa relacionados principalmente ao consórcio melancia/mandioca. “Nessa pesquisa, é possível utilizar melhor a terra, já que o ciclo da melancia varia de dois a três meses. Aí, quando não houver produção da fruta, o agricultor já pode colher a mandioca. A vantagem do consórcio é a produtividade”, explicou.

Segundo Roberto Dantas, uma grande variedade de melancias é estudada nas pesquisas com o objetivo de mostrar a capacidade de produção e a qualidade do fruto. “Com essa comparação de aproximadamente dez variedades, desde compridas a redondas, listradas e brancas, constatamos com estudos quais são as mais recomendadas para os produtores. Umas têm a característica de serem mais doces, outras são mais resistentes para o transporte”, frisou.

Além dessa pesquisa, há outras novidades neste ano: a irrigação por gotejamento em duas cultivares de melancia e a utilização de três fontes de adubação com matéria orgânica no plantio, como esterco de ovelha, entre outros.

“A grande maioria dos produtos que temos aqui são importadas do Rio Grande do Norte. E queremos mostrar que temos potencial para ter uma produção tão boa quanto a do Nordeste do País. Não é só palestra, mas uma troca de experiência entre pesquisadores da área e produtores, o que só tem a somar para o Estado”, destacou.